Comerciários preocupados com novas demissões
O movimento no comércio de Pelotas, depois das vendas de Natal e Ano Novo está bem abaixo da perspectiva dos lojistas. E isso cria uma preocupação a mais para os trabalhadores.
Muitos comerciários com empregos temporários, contratados em meados de novembro já estão sendo dispensados, desde o final do mês de janeiro e início de fevereiro.
Historicamente, trabalhadores efetivos saem em férias no mês de fevereiro, para retorno em março. Este ano, no entanto, retornarão com a incerteza da garantia dos seus empregos.
Segundo José Luiz Porto Ferreira, dirigente do Sindicato dos Empregados no Comércio de Pelotas (SECPel) a situação é preocupante, com muito desemprego no setor.
Ainda segundo Porto Ferreira, os lojistas não podem se queixar da flexibilização dos horários de funcionamento, a qual em Pelotas foi bem mais ampla que em várias cidades da região, como Rio Grande, que em época de bandeira preta manteve o comércio fechado.
“É bom destacar que o comércio não é o responsável pela propagação do coronavírus. Os lojistas têm mantido atenção para com os cuidados, como exigem os decretos estadual e municipal na prevenção e combate ao vírus”, aponta.
Por outro lado, o líder sindical aponta que o transporte coletivo está funcionando de forma a contribuir para com a propagação do vírus e agravamento da situação, com a supressão de vários horários: isso, segundo ele faz com que os ônibus andem completamente lotados, em situação propícia à propagação do vírus e da pandemia.
“Enquanto o comércio varejista segue com vendas abaixo do esperado, o mesmo não acontece com o setor farmacêutico e supermercadista, os quais tiveram acréscimos de 9% e 10% nas vendas, fazendo com que sejam criados alguns novos empregos”, observa o dirigente sindical.
