Comércio retoma patamar otimista em novembro
Apesar da melhora, confiança segue 14,8% abaixo do nível pré-pandemia
O Índice de Confiança dos Empresários do Comércio (ICEC-RS) rompeu a linha dos 100 pontos e atingiu os 106,3 pontos em novembro, voltando ao patamar otimista de acordo com a metodologia da pesquisa. A sondagem, realizada pela CNC nos últimos dez dias de outubro, foi divulgada pela Fecomércio-RS nesta terça-feira,
Com o resultado do mês, o índice deu continuidade ao processo de recuperação que ocorre desde setembro de 2020. Houve melhora nos três componentes do ICEC. A análise da situação atual (ICAEC) aponta para nova redução do pessimismo, com índice registrando 74,8 pontos após um avanço de 11,0%. Embora essa recuperação indique a percepção da recuperação das vendas, a avaliação predominante segue de um momento atual desafiador. A expectativa para os próximos meses, porém, tem reforçado o otimismo com a proximidade das festas de final de ano: o índice geral das expectativas (IEEC) teve a quinta alta na margem, avançando 5,8% ao atingir os 146,5 pontos, o maior resultado desde março de 2020; entre os entrevistados, 89,6% esperam condições melhores para seus negócios no curto prazo.
Assim como o ICAEC e o IEEC, o índice de investimentos (IIEC) também teve alta na margem (9,6%) e atingiu os 97,5 pontos, maior nível desde abril de 2020. Neste quesito, destaca-se o avanço mensal de 12,4% no componente que avalia a intenção de contratação, com 69,7% dos empresários tendo indicado ter intenção de aumentar o quadro de funcionários, em linha com o reforço das equipes para o fim de ano em um cenário de confiança com o movimento das vendas. “Depois de um ano muito difícil para o comércio, o setor está confiante com as vendas de Natal e também com a Black Friday. Para muitas empresas será a chance de amenizar as perdas acumuladas com a pandemia e melhorar os resultados desse ano tão atípico. Para tanto, os varejistas têm de estar preparados para oferecer o melhor atendimento e as melhores condições para um consumidor que, diante dos efeitos da crise, vai às compras com atenção e cautela”, comentou Luiz Carlos Bohn, presidente da Fecomércio-RS.
