Comitê UFPel Covid recomenda, novamente, aumento imediato do isolamento social
O Comitê UFPel Covid-19 recomenda, novamente, o aumento imediato de medidas de isolamento social frente ao iminente esgotamento da capacidade hospitalar em Pelotas e região. O grupo vem desempenhando um trabalho interno de monitoramento das atividades de ensino, pesquisa e extensão na Universidade e buscando apoiar a gestão municipal na tentativa de organização e ampliação dos protocolos de testagem e na compreensão das possibilidades de progressão da pandemia em nível local.
Nesse sentido, a partir das projeções de diferentes cenários, o Comitê tem sugerido o aumento imediato das medidas de distanciamento social como única ação possível para que a capacidade hospitalar não seja esgotada e para que seja achatada a curva de novos casos.
Em notas técnicas anteriores foram apresentados o potencial de diferentes cenários de distanciamento social e o acompanhamento do percentual de isolamento social atingido em Pelotas. Considerando que as últimas projeções realizadas têm atingido um nível elevado de acerto em termos de demanda de leitos de UTI e observando a manutenção dos níveis de isolamento social entre 40 e 45%, estima-se que Pelotas chegará no pico de demanda hospitalar no meio do mês de setembro, quando entre 80 e 90 leitos de UTI deverão ser necessários para dar conta da necessidade local, observam.
Como há dificuldade para uma ampliação de leitos de UTI aos níveis estimados nesse curto período de tempo, o Comitê ressalta novamente que a única ação possível é o aumento imediato das medidas de distanciamento social. Destaca, ainda, que esta é a última janela de oportunidade para, através de ampliação do isolamento, reduzir de forma importante a necessidade de leitos de UTI no pico.
“Após as próximas duas semanas, a ampliação do isolamento não deverá ter impacto relevante na necessidade de leitos, pois, com a chegada do pico no município, tais medidas já perderiam efeito sobre a demanda hospitalar, embora se mantenham efetivas no total da população infectada e, consequentemente, no número de óbitos, ou no caso de colapso total da capacidade hospitalar”, alerta o Comitê.