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Compra de leitos é alternativa para desafogar Pronto Socorro

01 agosto
08:19 2018

A reunião promovida ontem pela Comissão de Saúde da Câmara Municipal para debater a superlotação do Pronto Socorro e a crise da Santa Casa resultou na elaboração de uma pauta com sete ações apontadas como essenciais para tentar solucionar a crise.

PREFEITA Paula Mascarenhas e a secretária de saúde, Ana Costa, reconduzida ao cargo após um período de 15 dias de férias, não participaram na reunião realizada ontem na Câmara

PREFEITA Paula Mascarenhas e a secretária de saúde, Ana Costa, reconduzida ao cargo após um período de 15 dias de férias, não participaram na reunião realizada ontem na Câmara

Entre os pontos mais efetivos estão a compra de leitos e a extensão dos horários de funcionamento das unidades básicas de saúde e UBAIs.

A diretora do PS, Rosana Van der Laan confirmou o aumento da procura pelo Pronto Socorro nas últimas semanas quando o frio se intensificou. De acordo com ela em junho a média no início de cada dia variava entre 20 e 30 pacientes em observação, atualmente são 60 a cada nova manhã. Por mês o PS atende 5,9 mil pessoas. A falta de leitos de retaguarda foi apontada pela diretora como outro fator que contribui para a superlotação.

Já o provedor da Santa Casa, Lauro Melo disse que o déficit do hospital chega a R$ 1,3 milhão e atribui parte do prejuízo à falta de reajuste da tabela do Sistema Único de Saúde (SUS), usada como referência para o pagamento de serviços médicos prestados ao sistema. “A tabela do SUS está congelada há mais de 14 anos, os custos estão congelados e isso traz dívidas aos hospitais filantrópicos. Quem consegue ter algum sucesso não é pelo SUS, mas sim pelos convênios particulares e convênios”, declarou. Conforme Melo o hospital busca não apenas fazer com que o Governo do Estado regularize seus repasses, atrasados desde maio, como também tenta uma linha de financiamento especial junto ao Banrisul para manter os custos de funcionamento do hospital.

Ontem, representantes de entidades ligadas à área da Saúde participaram de reunião na Câmara de Vereadores e elaboraram lista de propostas

Ontem, representantes de entidades ligadas à área da Saúde participaram de reunião na Câmara de Vereadores e elaboraram lista de propostas

CRÍTICAS – Os representantes do Conselho Municipal de Saúde, Conselho Tutelar, Sindicato dos Trabalhadores da Saúde, Conselho Regional de Odontologia e Sindicato Médico do RS (Simers) fizeram duras críticas a gestão do Pronto Socorro e cobraram respostas urgentes da direção da instituição. “Venho acompanhando nos dois últimos anos a situação de Pelotas e não há interesse da renovação do número de médicos de urgência e emergência e isso repercute no atendimento e quanto os médicos têm de estar na frente de uma família desesperada e não têm como ajudar”, disse a diretora do Simers, Gisele Lobato.

ALTERNATIVAS – Após quase três horas de debates o presidente da Comissão de Saúde, vereador Marcos Ferreira, o Marcola (PT) apresentou a proposta de uma pauta com as sete ações consideradas essenciais para tentar minimizar os problemas. A pauta, aprovada por todas as instituições representadas tem como primeiros e principais pontos: a realização de uma reunião de todas as entidades com a prefeita Paula Mascarenhas (PSDB) para apresentar as informações e observações levantadas na reunião, a compra emergencial de leitos na Santa Casa e o aumento do horário de funcionamento de postos de saúde e das UBAIs.

“Precisamos de ações concretas capazes de melhorar o atendimento, seja na ponta que é a rede básica ou na retaguarda que são os hospitais. A compra de 30 leitos já iria gerar um grande impacto na lotação do Pronto Socorro. Não se pode demorar muito para tomar atitudes quando o assunto é a vida das pessoas, por isso defendemos a urgência na tomada dessas ações e é isso que queremos levar à prefeita”, disse Marcola.

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