Condenado por matar ex-namorada
O auxiliar de produção Leandro Borges de Oliveira, de 27 anos, foi condenado a 28 anos de prisão, em regime fechado, pelo assassinato da ex-namorada Juliana Meggiato, de 24 anos. Ele cumprirá uma pena de 22 anos de reclusão pelo homicídio triplamente qualificado, cinco anos pelo crime de aborto e um por furto. Após o julgamento encerrado às 19h, ele retornou ao Presídio. Não poderá recorrer da sentença em liberdade. A jovem, que estava grávida de seis meses, foi degolada, escalpelada e ainda, teve parte do braço esquerdo decepada. O crime ocorreu em julho de 2011. O corpo foi encontrado em um matagal próximo às margens da BR-116.
A sessão foi aberta por volta das 9h40min pelo juiz Paulo Ivan Medeiros, que lamentou a ausência de seis jurados. Ele informou aos presentes sobre as sanções a que são submetidos em caso de falta. Foram sorteados quatro homens e três mulheres. Disse ainda da prioridade do Tribunal do Júri em julgar réus presos, porque eles podem ser soltos via, se decorrer o excesso de prazo.
Para o promotor José Olavo Buenos dos Passos, o réu mereceu a pena estabelecida pelo juiz, por ter praticado um crime com requintes de crueldade. É um caso especial, porque foi praticado em circunstâncias especiais, argumenta. Ele convidou a vítima para sair, a fim de conversarem sobre o reconhecimento de paternidade da criança que ela esperava e aproveitou para atacá-la, largando-a agonizando para morrer, juntamente com o feto. O advogado Varlem dos Santos Obelar, da Defensoria Pública, atuou em defesa do denunciado.
Durante o depoimento de uma hora, o réu negou todas as acusações que lhe foram imputadas. Foi taxativo em dizer que não tinha motivos para matá-la e que pretendia registrar a criança. Não soube explicar como o celular da vítima teria ido parar nas mãos de sua ex-mulher, a quem chegou a acusar de ter praticado o bárbaro crime, bem como sobre roupas suas sujas de sangue.
Familiares da vítima, vestindo camisetas brancas com a foto dela estampada estiveram presentes no julgamento. A mãe de Juliana, Angelita da Cunha Meggiato, disse não saber descrever a intensidade de seu sofrimento. Pediu que a justiça fosse feita e que o culpado ou culpados fossem punidos. O réu negou ter tido contato com ela, porém o acusou de mentiroso, dizendo que vivia ligando e argumentando que o filho não era dele.