CONSELHÃO : Crise na saúde e fechamento de empresas pautaram debate
Presidente da Câmara pede que o Executivo participe das soluções
O Conselho Superior Socioeconômico de Desenvolvimento e Inovação, Conssedi, realizou reunião extraordinária, ontem, para tratar da crise econômica e social que Pelotas, assim como o resto do país, começa a enfrentar este ano e que deverá prosseguir em 2017.
O Legislativo foi convidado e se fez presente com vários parlamentares, entre eles o presidente Ademar Ornel (DEM), que propôs um “diálogo transversal, não impositivo para trazer propostas comuns que atendam aos nossos problemas”. Ornel também cobrou a participação do Executivo “na solução dessas questões”.
O presidente do Conselho, Rodrigo Costa externou a preocupação dos membros do Conssedi com a crise estabelecida no país e cujos reflexos chegam ao município. Salientou, no entanto, que, apesar da falta de recursos federais e estaduais, “tem muita coisa que não depende de Brasília nem do governo do Estado, está nas nossas mãos”.
Costa citou como exemplos a necessidade de o governo municipal atender melhor “o empreendedor,o investidor, dar agilidade na entrega de resultados para quem quer investir em Pelotas e vai gerar empregos, arrecadar tributos e ajudar a amortecer os prejuízos que essa crise está nos trazendo”. O presidente do Conssedi também lembrou que muitas empresas locais já fecharam, muito desemprego vem ocorrendo e que a situação tende a piorar.
PRESIDENTE da Câmara pede que município participe das soluções
Mas foi a área da saúde que concentrou a maior preocupação de Rodrigo Costa e dos demais conselheiros. Na análise apresentada, Costa afirmou que a população pelotense tem sido prejudicada devido “à concentração de pacientes de todas as cidades aqui. Hospitais estão fechando, pacientes da Zona Sul vêm todos para o nosso Pronto Socorro, temos que pensar na saúde a longo prazo”.
Ele agradeceu a presença dos representantes do Legislativo, e salientou que “esse é um dos desafios dos vereadores todos os dias, e hoje estão aqui para que a gente possa sentar e estabelecer uma relação em conjunto”. Depois, propôs a realização, em maio de um painel para tratar da crise enfrentada pela saúde em Pelotas, buscando exemplos onde o setor tem encontrado bons resultados. “Temos três hospitais que atendem o SUS, atuando na mesma área e fazendo uma concorrência predatória”.
Rodrigo Costa disse que o Conselho já tem uma primeira sugestão para um trabalho em conjunto com o Legislativo, por meio da Comissão de Saúde, do Conselho Municipal de Saúde e do Executivo: um gabinete preventivo de saúde, para “amortizar a questão grave com os nossos vizinhos”.
