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Coordenadora do projeto Seja Doce com os Bebês palestra na UFPel

Coordenadora do projeto Seja Doce com os Bebês palestra na UFPel
28 junho
15:05 2017

Na quinta-feira (6), às 9h, a coordenadora da pesquisa internacional Seja Doce com os Bebês, que visa reduzir a dor em recém-nascidos durante situações comuns, como vacinações e coleta de sangue para exames, a professora canadense Denise Harrison, palestrará na UFPel sobre o trabalho. O local será o auditório da Reitoria, no quarto andar do Anglo. A entrada é franca. A pesquisadora vem a Pelotas a convite da professora Ana Cláudia Vieira, da Faculdade de Enfermagem, que está participando da investigação.

Denise Harrison

Denise Harrison

A pesquisa, que conta com a participação de cientistas brasileiros, está sugerindo três medidas simples e praticamente sem custo que ajudam a reduzir a dor em recém- nascidos durante as situações comuns. As ações são o aleitamento materno, o contato pele a pele e o uso de soluções adocicadas. A dor, especialmente em prematuros, pode causar efeitos indesejáveis no futuro.

A professora Ana Claudia realizou, recentemente, um estágio pós-doutoral na Universidade de Ottawa, no Canadá, local onde a pesquisa é sediada. Trata-se de um projeto que vem sendo desenvolvido desde 2013, com a colaboração do grupo de pesquisa da professora Mariana Bueno, da USP. “É uma abordagem desenvolvida por pesquisadores canadenses que considera a necessidade de levar para a prática clínica, tanto no nível hospitalar como da atenção primária, as melhores condutas. Enfim, fazer com que a sociedade, pesquisadores, clínicos, pacientes, gestores e elaboradores de políticas públicas sejam beneficiados pelos resultados dos estudos, considerados de alta qualidade”, observa a professora da UFPel.

Nesse sentido, as pesquisas foram recentemente reconhecidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como alinhadas com as recomendações para se reduzir a dor durante as imunizações de recém-nascidos e em outros procedimentos potencialmente dolorosos, como coleta de sangue para exames.

“Tem-se também a evidência dos efeitos maléficos da dor não tratada sobre o cérebro ainda em crescimento dos bebês, principalmente dos prematuros, a médio e longo prazos, com repercussões negativas sobre o comportamento e cognição dessas crianças”, alerta a pesquisadora.

A pesquisa usou um questionário postado em página do Facebook chamada de Seja doce com os bebês. Conforme a professora Ana Cláudia, o questionário foi um método inovador de coleta de dados que usou uma ferramenta de mídia social como o Facebook.

O questionário, chamado de Seja doce com os bebês durante procedimentos dolorosos, foi voltado aos pais e profissionais de saúde em contato com recém-nascidos, a quem os investigadores pediram que respondessem às questões, a fim de colaborar com as investigações, suas conclusões e recomendações.

Perfil da palestrante

Denise Harrison é Professora Associada e coordena a cadeira de Cuidados de Enfermagem de Crianças, Jovens e Famílias na Universidade de Ottawa e no Hospital Infantil do Leste do Ontário (CHEO), Canadá. É a líder do Programa BSweet2Babies de investigação, que é centrado na melhoria do tratamento da dor para bebês e crianças jovens. Ela desenvolveu vídeos com os pais para os pais, em vários idiomas, mostrando-lhes como eles podem ajudar enfermeiros e médicos a reduzir a dor causada por agulhas necessárias para a imunização e outros cuidados de sáude. Atualmente, está trabalhando na avaliação do uso das mídias sociais como um método de disseminação de informações direcionadas aos pais sobre o manejo da dor na infância.

 

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