Diário da Manhã

No jogo de duelo dos goleiros, o croata leva vantagem nos pênaltis

A expectativa era de que a disputa entre Croácia e Dinamarca seria decidida por um lance de Luka Modric, do lado croata, ou de Christian Eriksen, do lado dinamarquês, mas os protagonistas da partida deste domingo acabaram sendo os goleiros Subasic e Schmeichel. Depois do empate por 1 a 1 no tempo normal e na prorrogação, a classificação da Croácia ocorreu na vitória por 3 a 2 nos pênaltis.

O goleiro dinamarquês Schmeichel foi o grande responsável por levar a decisão da partida para os pênaltis, defendendo uma penalidade de Modric durante o segundo tempo da prorrogação – a quatro minutos do final de jogo. Mas foi o goleiro croata que levou a melhor nas cobranças de pênalti que definiram a classificação da Croácia para as quartas de final. Subasic defendeu três cobranças.

Subasic salta para defender pênalti: classificou a Croácia

Os dois gols da partida saíram nos cinco primeiros minutos de jogo. Logo aos dois minutos, o zagueiro Jorgensen pegou a sobra de uma cobrança de lateral lançada para a área croata por Knudsen — o lance de ataque mais repetido pelos dinamarqueses — e empurrou para o gol. A bola parecia defensável, mas Subasic aceitou. Logo na sequência da saída de bola, Mandzukic aproveitou sobra de bola dentro da área dinamarquesa e empatou o jogo

Os croatas demonstraram mais talento ao longo da partida, mas pararam na organização da defesa dinamarquesa. Na única vez em que Modric conseguiu fazer a diferença na partida, aos 11 minutos do segundo tempo da prorrogação, Schmeichel apareceu para salvar os dinamarqueses. O meia croata fez um lançamento sensacional para Rebic, que driblou o goleiro dinamarquês e, quando ia finalizar com o gol aberto, foi derrubado por Jorgensen dentro da área. Modric foi para a bola, mas a cobrança de pênalti parou nas mãos de Schmeichel. A partida terminou em 1×1.

O goleiro dinamarquês foi com moral para a decisão final por pênaltis e pegou duas cobranças. Mas Subasic pegou três – uma delas de Eriksen – e garantiu a passagem de seu time para as quartas de final. Agora, os croatas enfrentam os russos por uma vaga na semifinal.

Akinfeev se torna herói nacional na Rússia: defendeu dois pênaltis

Fortaleza russa para tiki taka da Espanha

Na primeira disputa de pênaltis desta da Copa do Mundo, a Rússia ganhou da Espanha por 4 a 3, neste domingo, no estádio Lujniki, em Moscou, e se classificou para as quartas de final. O tempo regulamentar e a prorrogação terminaram empatados por 1 a 1. O tiki taka espanhol se mostrou improdutivo para superar a marcação eficiente e dedicada da equipe russa.

O herói da classificação foi o goleiro Akinfeev, que defendeu cobranças de Koke e de Aspas. A Espanha é a terceira seleção campeã do mundo que dá adeus no Mundial da Rússia, após as quedas de Alemanha e Argentina. Restam quatro: Brasil, Uruguai, França e Inglaterra.

A Espanha apostou no seu estilo de toque de bola e saiu na frente aos 11 minutos com gol contra de Ignashevich. Com domínio total da posse de bola, a Fúria controlou o jogo, mas não foi efetiva no ataque. O time não conseguiu criar chances reais de gol. Diego Costa nem apareceu em campo. Na reta final do primeiro tempo, a Rússia buscou o empate. Piqué tocou a mão na bola dentro da área e o árbitro marcou pênalti. Na cobrança, Dzyuba fez 1 a 1, aos 41 minutos.

Depois do intervalo, a Espanha tentou ser mais perigosa, mas sofreu com a forte marcação russa. O jogo virou ataque contra defesa. Os espanhóis tiveram mais de 75% da posse de bola. No último toque, no entanto, a falha persistiu e a equipe espanhola não conseguiu voltar a marcar. A melhor chance foi um chute de longe de Iniesta, que entrou em campo no segundo tempo para dar mais criatividade ao time espanhol.

O panorama do jogo seguiu o mesmo na prorrogação. A Espanha teve a bola, mas apresentou falta objetividade no ataque. A decisão ficou mesmo para os pênaltis, quando os russos, especialmente o goleiro Akinfee, se consagraram.

Jovem atacante francês destroçou a fraca defesa argentina e ofuscou Messi na vitória por 4 a 3

Arrancada fulminante de Mbappé

Quem esperava um Lionel Messi decisivo assistiu a uma atuação de gala de Kylian Mbappé. O jovem craque francês marcou dois gols, sofreu o pênalti convertido por Griezmann e comandou as ações mais perigosas do ataque da França na vitória por 4×3 no sábado na Arena Kazan. Impulsionados pela velocidade e pela potência de Mbappé, os franceses poderiam ter goleado os argentinos na abertura das oitavas de final da Copa do Mundo da Rússia, mas viram sua defesa ser vazada três vezes pelo insistente (mas desorganizado) ataque argentino.

Logo no começo da partida, Mbappé partiu desde a intermediária francesa para parar apenas no pênalti cometido por Rojo. Griezmann — que já tinha acertado uma bola no travessão em cobrança de falta — converteu a penalidade e a França teve ao menos dois contra-ataques para matar o jogo. Mas os franceses erravam o último passe e, aos 41 minutos, Di Maria aproveitou desatenção da defesa adversária para acertar um belo chute de fora da área: 1×1.

A Argentina contou com a sorte no início do segundo tempo para virar o placar. A bola fraca chutada por Messi desviou em Mercado no meio do caminho e tirou Lloris do lance. A virada argentina despertou a França, que encontrou o empate nos pés do lateral Pavard, num lindo chute de fora da área.

Coube a Mbappé marcar os dois gols seguintes da França – primeiro em jogada individual, limpando a defesa dentro da área antes de finalizar, e depois completando assistência de Giroud. Aguero ainda conseguiu descontar nos acréscimos, ao finalizar de cabeça lançamento de Messi, mas o jogo já estava definido.

A França ganha força para enfrentar o Uruguai nas quartas de final, sexta-feira, em Nizhny Novgorod.

Cavani despacha CR7

Com dois gols de Edison Cavani , o Uruguai venceu Portugal  por 2 a 1, sábado, em Sochi, pelas oitavas de final da Copa do Mundo Rússia 2018, se classificando para as quartas. Pepe marcou o gol português. Na próxima fase, a Celeste irá enfrentar a França, às 11h (horário de Brasília) de sexta-feira, em Nizhini Novgorod. É possível que a seleção uruguaia esteja desfalcada de justamente de Cavani, que saiu de campo com uma lesão muscular na panturrilha da perna direita.

Logo aos sete minutos do primeiro tempo, Cavani abriu para  Suárez na esquerda (uma bola longa), que dominou com o peito e cruzou na cabeça do parceiro de ataque: 1 a 0 para os uruguaios, que se defenderam bem no restante da etapa inicial.

Aos 10 minutos do segundo tempo, Bernardo Silva arrumou escanteio para os portugueses. Na cobrança, o brasileiro de Alagoas (naturalizado português) Pepe cabeceou à queima-roupa depois de cruzamento de Raphael Guerreiro, empatando a partida. Quando parecia que Portugal buscaria a virada, Suárez armou contra-ataque – cinco minutos depois -, que terminou com Cavani marcando seu segundo em bela finalização no canto do gol de Rui Patrício.

Apagado, Cristiano Ronaldo não conseguiu se livrar de Godín, Giménez e Torreira – destaques defensivos uruguaios durante todo o jogo -, e Portugal mal deu trabalho para Muslera no resto da etapa final. O último ato do CR7 na Copa foi a reclamação acintosa da arbitragem, o que resultou em advertência com cartão amarelo.

Messi talvez tenha disputado a última Copa.

Frustrados, Messi e CR7 dão adeus

As duas principais estrelas do futebol mundial estão fora da Copa do Mundo. Messi e Cristiano Ronaldo deram adeus à competição no sábado, deixando o campo como imagem da frustração, porque é possível que essa seja a última Copa de ambos. A Argentina e Portugal foram eliminados nas oitavas de final com derrotas para França e Uruguai, respectivamente.

Os dois não conseguiram se transformar os protagonistas que o mundo esperava deles. Messi ainda apareceu mais: chutou a bola, que desviou em Mercado no segundo gol da Argentina, e deu fez um lançamento magistral para o gol de Aguero na derrota de 4 a 3 para a França. Cristiano Ronaldo foi discreto na queda portuguesa por 2 a 1 para o Uruguai. O que tem de comum entre os dois craques é que o coletivo não ajudou para amparar a genialidade deles.

CR7 tentou levar o time nas costas

Devido às suas idades -Messi tem 31 e Ronaldo tem 33– essa pode ter sido a última Copa da dupla, que monopolizou o prêmio de melhor jogador do mundo nos últimos 10 anos. Se Messinão defender a Argentina na Copa do Mundo de 2022 no Catar, ele irá encerrar sua carreira sem conquistar nenhum título pela seleção. Em 2016, Messi chegou a anunciar seu afastamento da seleção, depois de perder o título para o Chile da Copa América do Centenário nos Estados Unidos, mas depois voltou atrás.

Após conquistar uma medalha de ouro com a Argentina em Pequim 2008, muitos esperavam que o atacante levasse a Argentina a um título mundial ou pelo menos a vencer uma Copa América. No entanto, apesar de seu brilho, ele nunca foi campeão pela Argentina, Nas copas anteriores, Messi perdeu nas quartas de final para a Alemanha em 2010 e caindo novamente diante dos mesmos rivais na final de 2014.

Ronaldo também terá a lamentar a falta de um título mundial por Portugal, mas pelo menos ajudou seu país a conquistar seu primeiro título europeu, dois anos atrás, na França.

Japão espera não dar mole

Após a definição dos confrontos de oitavas de final da Copa do Mundo, a Bélgica passou a ser apontada como a que detém maior favoritismo em relação ao seu adversário. O Japão é considerado mais fraca seleção entre as 16 classificadas. Mas num confronto eliminatório nunca pode se descartar a hipótese de uma surpresa. Esse jogo será realizado nesta segunda-feira, às 15h (horário de Brasília), em Rostov. E daí sai o adversário de Brasil ou México na próxima fase.

Bélgica foi uma das três seleções que ganharam os três primeiros jogos da fase classificatória. As outras foram Uruguai e Croácia. O atacante Lukaku, que não participou da partida diante da Inglaterra por causa de uma lesão, estará em campo nessa decisão. O belga já marcou quatro gols em dois jogos na competição e persegue Harry Kane, que tem cinco e está na liderança da lista de artilheiros.

Os japoneses se inspiram no amistoso recente para provar que a Bélgica – mesmo contando com craques como Hazard e De Bruyne – não terá moleza. No ano passado, em Bruges, os dois da casa ganharam por 1 a 0, com enorme dificuldade. Os Samurais Azuis fizeram um jogo de igual para igual diante da torcida belga.