Cresce o envolvimento de mulheres em acidentes de trânsito
Análise do Detran/RS sobre o relatório da acidentalidade de 2013 apontou um dado estatístico preocupante. Embora a participação das mulheres entre as vítimas fatais de trânsito tenha registrado somente uma leve alta nos últimos dois anos, passando um pouco dos 20%, o envolvimento delas em acidentes fatais na situação de condutoras ou motociclistas tem crescido expressivamente.
Em 2007, 38 mulheres condutoras e motociclistas morreram em acidentes de trânsito. Em 2013, esse número passou para 79, um aumento de 108%. A explicação pode estar no crescimento das mulheres no cadastro de condutores: elas passaram de 973.017 (27,5% do cadastro de condutores) em 2007 para 1.407.063 (31,8%) em 2013.
As mulheres habilitadas para conduzir motocicletas também cresceram exponencialmente no período: de 132.741 (11,5%) para 284.110 (17,4%). Já o cadastro dos condutores homens vem registrando uma curva decrescente nos últimos seis anos. Para se ter uma ideia do fenômeno, nos dois últimos anos as mulheres ultrapassaram os homens na procura pela primeira habilitação.
IDOSOS – A análise do Detran também detectou que, de 2007 para 2013, a participação dos jovens entre as vítimas de trânsito tem oscilado pouco, entre 45% e 47%. Já a participação do grupo com mais de 60 anos vem crescendo, passando de 16% para 20% e indicando um público prioritário para ações de prevenção.
GRAVES – O ano passado registrou o menor número de acidentes graves (com três vítimas fatais ou mais) desde 2007. Foram 30 ocorrências do tipo, contra uma média anual de 38 acidentes graves nos últimos seis anos, chegando a 42 em 2012. A representatividade desse tipo de ocorrência no total de acidentes com morte passou de 2,3% para 1,7%.
HORÁRIOS – A análise dos acidentes em 2013 mostrou que o maior volume de vítimas ocorreu nos sábados e domingos à noite. Cerca de 40% dos óbitos ocorreram nos finais de semana (21% no sábado e 19% no domingo) e mais de um terço ocorreu entre as 18h e 23h59, sendo 35% no turno da noite e 17% no horário da madrugada. No entanto, de 2010 para 2013, observa-se uma acentuada redução nos acidentes nas madrugadas (20%) e nas noites (14%).