Deputado Federal Afonso Hamm trata do projeto de implantação do Controle Biológico da Mosca da Fruta
O deputado federal Afonso Hamm (PP-RS) esteve reunido, em Brasília, com o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Maçã (ABPM), Pierre Nicolas Pérès e o diretor executivo, Moisés Albuquerque. O encontro teve como objetivo debater sobre o andamento do projeto para implantação do Centro de Controle Biológico da Mosca das Frutas (Anastrepha Fraterculus) – MOSCASUL, que será instalado em Vacaria. A possibilidade de indicação de emendas para alocar recursos orçamentários à EMBRAPA para o Projeto de Pesquisa e Desenvolvimento de Controle Biológico também foi tema da reunião.
Hamm, que é vice-presidente da Frente Parlamentar da Fruticultura Brasileira, desde o início abraçou a proposta e junto com as lideranças do setor apresentou o projeto aos ministros da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antônio Raupp, da Agricultura, Antonio Andrade Ferreira e ao presidente da Embrapa, Mauricio Lopes. O projeto será implantado em três fases: três anos para pesquisa e desenvolvimento; três anos para expansão e a validação dos resultados obtidos na Fase I e o último período será para aplicação comercial com produção massal de agentes de controle biológico e mosca estéreis (Parceria Público/Privada).
Produção
A produção brasileira de maçã atualmente está concentrada nos três estados do sul com ênfase para as regiões serranas do RS e SC. Além da maçã outros cultivos frutícolas são de extrema importância sócio-econômica para a região e entre eles: pêssego, ameixa, laranja, bergamota, uva, amora, framboesa, mirtilo, frutas nativas (cereja-do-rio grande, guabiroba e goiaba-serrana). Todas essas frutas são fortemente infestadas pela mosca-das-frutas, cujos danos podem chegar a 100%. Existem cerca de 50 mil famílias de produtores rurais envolvidos na produção que direta ou indiretamente são afetados pelo ataque da praga.
Neste sentido, a proposta de implantação da Biofábrica é para efetivar o controle biológico. “Estima-se que somente na produção brasileira de maçã, as perdas causadas pela mosca-das-frutas superam 25 milhões anualmente, entre perdas por danos e custo da aplicação de inseticidas”, lamenta Hamm ao relatar um exemplo entre os produtores de pêssego da região de Pelotas, que já não encontram mais alternativas para o controle desta praga. Esta região responde por cerca de 90% da produção de pêssego enlatado do Brasil, sendo que mais de oito mil empregos diretos e indiretos estão ameaçados pelo fechamento das indústrias.