Dia das Crianças deve repetir bom desempenho, estima Fecomércio
As vendas do Dia das Crianças devem se manter no mesmo patamar nominal de outubro de 2020, segundo avaliação da Fecomércio-RS. Em termos reais, isto é, descontando a inflação dos produtos tipicamente comprados nesta data, o Dia das Crianças de 2021 deve ter uma queda real de 3%.
Contribuem para este cenário a persistência do desemprego, aumento de preços de produtos essenciais como alimentação, energia elétrica e combustível, a alta dos juros, a queda na renda real e a redução da população de crianças no Rio Grande do Sul.
Além disso, a base de comparação para a data – outubro de 2020 – é considerada elevada, já que, apesar da pandemia, no ano passado, as vendas do período foram 10,4% superiores (em termos nominais) ao registrado em outubro de 2019 considerando os itens tipicamente adquiridos para a data. Entre os presentes que devem ficar entre os mais procurados estão os brinquedos; entretanto, vestuário, calçados e eletrônicos também devem ser impactados.
Mesmo com a retomada das atividades e o aumento da circulação de pessoas estimulando o consumo, os comerciantes devem se preparar para receber um consumidor cauteloso diante das incertezas econômicas, alerta o presidente da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn. Apesar da geração de vagas no mercado de trabalho formal, as pessoas com menor renda ainda são as mais afetadas pela falta de emprego e queda da renda real, e justamente são essas as famílias que concentram o maior número de crianças.
Entre as estratégias sugeridas para encarar as adversidades do momento econômico e enfrentar a concorrência, o presidente da Fecomércio-RS ressalta a importância de focar no atendimento: “Os negócios de menor porte devem intensificar a sua atuação multicanal. É fundamental ter uma presença no meio digital para facilitar o acesso do consumidor ao negócio e dar a ele o que de melhor uma pequena empresa pode dar ao seu cliente: um atendimento personalizado. Isso faz a diferença na experiência do consumidor e potencializa as vendas”, lembra Bohn.