Diário da Manhã

sexta, 08 de novembro de 2024

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DICAS : Medidas preventivas para evitar picadas de insentos

05 janeiro
09:45 2016

Além de serem transmissores de doenças infecciosas, como dengue e malária, insetos podem ser causa de desconforto por suas picadas, especialmente em crianças com hipersensibilidade.

Picadas de alguns insetos, além da irritação no local, podem causar dor e infecções locais, alergias e coceiras que perturbam o sono. Considerando que uma única picada de um inseto contaminado pode provocar doenças e que vacinas e remédios profiláticos não estão disponíveis para todos os casos, a proteção individual é muito importante.

Medidas ambientais coletivas que visem a não proliferação dos insetos que se reproduzem na água são importantíssimas, tais como:
• Manter os reservatórios de água tampados ou cobertos com tela;
• Manter a casa e o quintal limpos e sem água empoçada;
• Trocar a água de animais domésticos com frequência;
• Colocar areia nos pratos dos vasos;
• Não deixar recipientes que possam acumular água ao relento;

Manter os reservatórios de água tampados ou cobertos com tela;

Manter os reservatórios de água tampados ou cobertos com tela;

• Não deixar alimentos descobertos em casa;
• Tratar piscinas com cloro e, se não estiver em uso, esvaziá-la completamente, não deixando poças d´água;
• Manter lagos, cascatas ou espelhos d´água limpos ou crie peixes que se alimentem de larvas;
• Retirar a água da bandeja externa da geladeira pelo menos uma vez por semana e lavá-la com sabão;
• Plantas como babosa, bambu, bananeira, bromélia, espada de São Jorge e gravatá podem acumular água e proliferar insetos.

Vestimenta adequada

Usar meias, camisas ou blusas de mangas compridas com punhos fechados e calças compridas, dando preferência a tecidos claros, evitando as cores muito chamativas e o uso de perfume e lavandas, pois são atrativos aos insetos.

Repelentes tópicos

Um repelente não protege igualmente todos os seus usuários e seu efeito pode se alterar com o clima. Cada 10º C a mais na temperatura ambiental reduz o tempo de proteção pela metade.

Orientações de uso:
• Manter os produtos fora do alcance de crianças e animais;
• Procurar na embalagem ou bula do produto a partir de que idade ele pode ser usado. Ler todo o rótulo e bula antes de aplicar o produto e conservá-lo para consulta;
• A aplicação em crianças deve ser supervisionada por um adulto, que deve colocar o produto em suas mãos e em seguida aplicar na criança;
• Aplicar só nas áreas expostas quando necessário, conforme instruções do fabricante;
• Evitar o contato com os olhos, boca e narinas – para aplicar na face, aplique primeiramente o produto nas mãos e a seguir leve ao rosto;
• Não aplicar nas mãos de crianças (elas levam as mãos frequentemente à boca);
• Não aplicar por baixo de roupas;
• Não aplicar onde a pele estiver irritada ou ferida;
• Depois de aplicá-lo, lavar as palmas das mãos com água e sabão;
• Em caso de reaplicação, lavar o corpo com água e sabão antes de repetir o processo;
• Não se recomenda dormir com repelente no corpo – dar banho na criança e lavar-se antes;
• Em caso de atividades na água, uma nova aplicação deverá ser realizada;
• Não usar produtos que contenham repelente e protetor solar misturados na mesma solução. Protetores solares devem ser aplicados 20 minutos antes do repelente (para não haver interferência na ação de ambos os produtos);
• Não aplicar próximo a alimentos;
• Em preparações tipo aerossóis (“spray”), não aplicar em ambientes fechados;
• No caso de qualquer reação alérgica ou intoxicação, lavar a área onde o repelente foi aplicado e entrar em contato com o serviço de controle de intoxicações ou serviço médico. Levar consigo a embalagem do produto;
• O uso de repelentes não dispensa nem substitui as demais medidas de combate às doenças transmitidas por mosquitos.

Produtos mais utilizados

• IR 3535: é um produto sintético com estrutura química semelhante a aminoácidos, cuja ação dura até 4 horas e pode ser usado em crianças maiores de 6 meses de idade e gestantes.
• DEET: apresentado na forma de aerossol, gel e loção, cuja ação dura de 2 horas (concentrações até 10%) a 6 horas (concentração de 14%). Não é recomendado seu uso em crianças menores de 2 anos. Em crianças de 2 a 12 anos de idade, usar na concentração até 10%, no máximo três aplicações diárias e evitar o uso prolongado. Para pessoas com mais de 12 anos, pode ser usado em concentrações superiores a 10%.
• Icaridina ou KBR 3023: é um repelente derivado da pimenta apresentado da forma de aerossol e gel de 5% e 25%, cuja ação dura de 5 horas (concentração de 5%) a 10 horas (concentração de 25%). Não se recomenda usar em crianças menores de 2 anos.
• Óleos naturais são os mais antigos repelentes conhecidos. Em geral, são voláteis e com efeito de curta duração e só devem ser usados a partir dos 2 anos de idade. O óleo de eucalipto-limão, em concentração de 30%, confere proteção de até cinco horas. O óleo de citronela confere proteção curta e, por isso, recomenda-se a sua reaplicação a cada hora. O óleo de soja, em concentração de 2%, inibe picadas de insetos por 1 hora e meia e acredita-se que possua um efeito mecânico adicional de repelência.

Barreiras físicas ambientais
Bebês são particularmente beneficiados por esse tipo de proteção, pois eles têm pouca mobilidade e ficam em locais restritos e de fácil proteção com mosquiteiros (berços, cercados, carrinhos de bebê). Deve-se garantir que as portas e janelas estejam bem vedadas com telas e sejam fechadas bem antes de anoitecer. Os poros das telas e dos mosquiteiros devem ter 1,5 mm ou menos. Tendas tratadas com inseticidas (permetrina) são eficazes, seguras e duradouras, mas é importante que a criança não entre em contato com a substância, levando-a, por exemplo, à boca.

Inseticidas

Há diversos inseticidas em várias formas de apresentação como aerossóis (sprays), serpentinas, impregnados em tecidos, mosquiteiros e telas etc. Aerossóis de inseticida têm o objetivo de matar os insetos presentes no local e prevenir sua invasão domiciliar. É importantíssimo mantê-los fora do alcance das crianças. Possuem efeito curto e devem ser aplicados em recintos fechados pelo menos duas horas antes de usar o ambiente para dormir. Os inseticidas sem cheiro dão a falsa impressão de não estarem no ambiente, merecendo cuidados maiores.

Aparelhos de tomada elétrica que liberam inseticidas devem ser mantidos no mínimo a 2 metros de distância da cama ou berço. É aconselhável ligar o aparelho quando a criança não estiver no quarto e depois desligá-lo e guardá-lo em lugar seguro, para evitar o risco de intoxicações pela ingestão acidental do líquido ou da pastilha.

Repelentes ineficazes

• Serpentinas ou espirais de inseticida são pouco efetivas e perigosas – seu uso está contraindicado.
• Incensos e velas naturais (citronela ou andiroba) só têm ação quando aplicados por horas contínuas e iniciados bem antes da exposição da criança ao ambiente. Não têm efeito repelente que recomende seu uso isolado.
• Repelentes ultrassônicos e dispositivos elétricos luminosos com luz azul são pouco eficazes.
• Pulseiras e “patches” embebidos em repelentes só protegem até 4 cm ao redor de onde foram aplicados.
• Não foi demonstrada a eficácia que justifique o uso por via oral de remédios que agem por repelência pelo cheiro do suor, como extratos de alho e vitaminas do complexo B.

Para crianças menores de 6 meses

Não é recomendado o uso de repelentes. Utilizar vestimenta adequada e barreiras físicas ambientais. Tomar cuidado com o uso de inseticidas.

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