DOCUMENTÁRIO : De baixo da ponte ou na beira do rio
Nesta sexta às 20h na Secretaria de Cultura, pré-lançamento do documentário de Andruz Vianna
Por Carlos Cogoy
Visibilidade à comunidade de moradores à margem do canal São Gonçalo, mais precisamente aqueles residentes nas imediações da ponte Alberto Pasqualini. Ideia que surgiu em 2014, e foi adaptada como roteiro para documentário. Durante oito meses houve gravações com câmera digital. Roteiro, direção e montagem, são do vitoriense Andruz Vianna, estudante de cinema na UFPel. Na equipe: Juliana Charnaud (fotografia/assistente de direção); Lucas Mendonça (co-direção, montagem e finalização); Alejandro Escobar (imagens); Cauê Lima Canabarro (pesquisa); Ana Isabel Corrêa (assessoria). Para a conclusão e exibição, o filme contou com financiamento do Programa Municipal de Incentivo à Cultura (Procultura). Com dezessete minutos de duração, o documentário “De baixo da ponte ou na beira do rio”, terá pré-lançamento hoje às 20h no pátio da Secult – Praça Cel. Pedro Osório 2.
EXIBIÇÕES – O documentário será levado aonde o povo está. Assim, amanhã às 20h acontecerá estreia nas imediações da ponte sobre o São Gonçalo. Às 19h, concentração de ciclistas no Mercado Público. A pedalada, com orientação do grupo “Curticeira”, seguirá até o local da exibição. A recomendação é para o uso de capacete e sinalizadores noturnos. Já no domingo às 20h, exibição à rua Carmen Miranda – ao lado do Centro Comunitário -, na Cohab Fragata. Dia 16 deste mês às 20h, sessão acontecerá na Praça da Amizade, situada na Balsa. E dia 17 às 20h no CDD – Lotamento Dunas. O diretor Andruz Vianna acrescenta: “O filme terá mil cópias produzidas em DVD. Haverá distribuição em escolas e instituições de Pelotas e Rio Grande. Algumas cópias serão comercializadas. Além disso, pretendemos participar de festivais de curtas, tanto no País quanto no exterior”.
FILME – Andruz menciona: “O documentario ‘De baixo da ponte ou na beira do rio’, faz um recorte observativo no cotidiano da comunidade de pescadores que vivem às margens do canal, abaixo da ponte desativada Alberto Pasqualini. Tivemos nosso primeiro acesso à comunidade, através do educador ambiental Cauê Lima Canabarro que nos apresentou o senhor Valmir, líder comunitário do local. Todos os moradores nos receberam muito bem, e logo entenderam que o filme poderia colaborar com a visibilidade social proporcionada. Então, nosso objetivo é retratar o que se olha mas não se vê. Através de um documentário observativo, que não expõe de imediato as pessoas documentadas, mas sim o ambiente em que elas vivem. Assim, sem julgar a condição deles e apoiado nas descobertas do cineasta Robert Drew, foi que desenvolvemos a metodologia para o trabalho. Além de trazer comigo o estofo formativo da academia, me inspiro em diretores brasileiros como Silvio Tendler e Eduardo Coutinho, bem como cineastas estrangeiros como Michael Haneke e Wim Wenders”.
TRAJETÓRIA – Andruz começou no teatro em Santa Vitória do Palmar. Mudando-se para Pelotas, participou da Cia. Tribo da Lua, cuja direção era de Aceves Moreno. Dedicado à arte circense, percorreu o País e criou o “Palhaço Tomé”. Em 2010, retorno e fase no grupo Tholl. Em 2011, ingresso no curso de cinema da UFPel. Até então, diz o diretor, não se considerava cinéfilo. Mas logo despertou para os documentários. Em 2012, Andruz realizou o primeiro filme. Recém havia começado o curso de cinema, e o filme experimental foi baseado na obra do autor gaúcho Qorpo Santo.
PISKA – Entre os projetos, além de sequência a atividades circenses, Andruz está na pré-produção de curta sobre o cantor Dorli Benedito Falsete. Conhecido como “Piska”, à frente de grupos de baile, foi sucesso anos setenta e oitenta. “Piska” faleceu há três meses. Na direção do filme, participação de Nelson Brawers.