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sábado, 16 de novembro de 2024

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DOIS ANOS NO COMANDO : Zimmermann é o técnico com mais “tempo de casa” no futebol do gaúcho e caso raro de trabalho continuado no país

21 maio
09:38 2014

Fazendo história no Bento Freitas

Neste dia 21 de maio, o técnico Rogério Zimmermann completa 720 no comando do time do Brasil. São dois anos de conquistas e avanços no Bento Freitas. Ele se iguala sua marca anterior no clube, quando ficou por duas temporadas dirigindo a equipe rubro-negra. Seguramente é o treinador com mais tempo de casa no futebol do Rio Grande do Sul. Um caso raro de trabalho continuado no país. É superado por um Marcelo Veiga, que soma oito anos em quatro passagens pelo Bragantino.

“Se costuma dizer que os clubes precisam manter os treinadores por bastante tempo para terem resultados. Mas para os treinadores continuarem bastante tempo num clube é preciso ter resultado. Então não se sabe onde começa uma coisa e a outra. As duas estão relacionadas”, diz Zimmermann. Ele reconhece que as conquistas fortalecem a convicção e que os maus resultados tem inevitavelmente o efeito contrário. “O Muricy foi campeão brasileiro por três vezes seguidas, mas quando os resultados não foram tão bons, começaram a dizer que ele estava desgastado e que precisava sair do São Paulo”, exemplifica.

Zimmermann não tem dúvida que as conquistas são fundamentais para a sequência do trabalho no Brasil. Mas destaca também que a continuidade da comissão técnica e do grupo de jogadores permite a evolução constante no desempenho da equipe dentro de campo. “Subimos para a primeira divisão, mas diziam isso é na segunda divisão. Veio o Gauchão e, com praticamente o mesmo time, chegamos em Caxias, vencendo o Caxias no Centenário; chegamos em Lajeado e vencemos o Lajeadense; vencemos também o Novo Hamburgo fora de casa. Atropelamos os adversário aqui no Bento Freitas. E fizemos dois jogos parelhos com a Dupla Gre-Nal em Porto Alegre. Isso é prova de evolução”, enumera.

DESAFIO – A partir de agora, Rogério Zimmermann passa a figurar na história do Brasil como o técnico com maior tempo de permanência seguida no cargo nos últimos 40 anos. É o terceiro em número de jogos na trajetória de 102 anos do clube. Fica atrás apenas de Paulo de Souza Lobo, o Galego (430 partidas) e Osvaldo Barbosa (305). Zimmeermann soma 242 jogos, contando as duas passagens pelo Xavante. Mas no futebol, o desafio é permanente. Vencer é uma necessidade diária.

“Tem espaço para evoluir. O objetivo é melhorar sempre. Mas quando se olha para traz, se vê todas essas conquistas, que até podem não ser títulos, mas são conquistas, porque levam a outra etapa, a outra competição, como duas participações na Copa do Brasil”, frisa o treinador. O próximo objetivo é subir para a Série C do Brasileiro. “Essa é uma competição em que as 41 equipes entram com o mesmo objetivo. Não tem a possibilidade de jogar para se manter na Série D, mas sim subir, não tem como se manter apenas. Mas ainda é cedo para saber se temos ou não chance de subir”, avalia.

Zimmermann se torna ídolo dos xavantes por conta de dois acessos, títulos e conquistas de vagas em competições nacionais Foto: Alisson Assumpção/DM

Zimmermann se torna ídolo dos xavantes por conta de dois acessos, títulos e conquistas de vagas em competições nacionais
Foto: Alisson Assumpção/DM

Pode sair para ganhar mais visibilidade

Rogério Zimmermann não é daqueles treinadores que troca de clube assim que aparece uma nova proposta de emprego. Ele gosta de permanecer nas equipes, dar sequência ao trabalho e criar identidade com a agremiação. Por isso, ele tem resistido o assédio para deixar o Brasil. “As propostas aparecem e sempre te oferecem mais do que tu está ganhando. Isso é natural. Mas tem que ver se vale a pena ir para outro clube, onde você pode sair em quatro ou cinco meses”, aponta.

Quanto tempo ficará ainda no Brasil, Zimmermann não sabe e nem quer pensar nisso. O jeito é viver um dia de cada vez, buscando sempre a inalcançável perfeição no futebol. “É claro que se surgir uma proposta muito boa, posso sair. E nem falo de proposta financeira, mas de visibilidade”, completa o treinador.

Na passagem anterior pelo clube, Zimmermann chegou ao Bento Freitas em dezembro de 2003 e ficou até janeiro de 2005. Desta vez ele certamente vai superar a marca da primeira passagem pelo Xavante.

* Galego treinou o Brasil em 430 partidas, mas em sete passagens pelo clube. Souza Lobo chegou a ficar quatro anos (entre 1962 a 1966) seguidos no Bento Freitas.

* Osvaldo Barbosa comandou o time rubro-negro em 305 jogos. Ele permaneceu seis anos (1966 a 1972) no cargo de treinador rubro-negro. Um recorde.

* Rogério Zimmermann soma 242 partidas no comando do time xavante. São 128 vitórias, 68 empates e 46 derrotas. O ataque marcou 390 gols e a defesa foi vazada 183 vezes.

* Zimmermann conquistou os títulos do Torneio de Verão (2004), Segunda Divisão (2004), Divisão de Acesso (2013) e Campeão do Interior (2014).

* Chegou ainda a final da Emídio Perondi (2005), Hélio Dourado (2012), dos dois turnos e da final geral da Divisão de Acesso (2013) e dos dois turnos e final geral da Sul/Fronteira (2013).

 

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