DROGAS: Traficante preso custa 40 vezes menos que solto
Defensores da legalização do uso das drogas alegam que muitos presos como traficantes são, na verdade, pequenos traficantes que vendem drogas para manter o próprio consumo, mais vítimas que vilões. Advertem que cumprem penas em prisões superlotadas e inadequadas e saem mais perigosos. Alegam que o custo de um pequeno traficante na prisão é alto, e seria mais producente ser tratado como consumidor, antes de traficante, sem a pena de prisão.
O deputado federal Osmar Terra classifica os argumentos de argumentos de superficiais por ignorarem questões cruciais do enfrentamento às drogas:
– A epidemia do crack obedece a mesma lógica da epidemia viral. Quanto mais vírus circulando no ambiente, mais gente ficará doente. Com as drogas, quanto mais gente trafica, mais droga circula, e isto causa mais doentes crônicos da dependência química.
O parlamentar lembra que o tráfico de drogas é feito basicamente por pequenos traficantes, dependentes ou não de drogas, responsáveis por mais de 90% do crack no Brasil. Terra faz um cálculo:
– A atuação de cada pequeno traficante atrai e abastece ao redor de 30 a 50 usuários de crack. Um pequeno traficante preso, custa aos cofres públicos ao redor de R$ 100 mil em cinco anos, período da pena a ser cumprida, e não vitimará ninguém fora da prisão. Solto, levará nos mesmos cinco anos, mais de 200 jovens à dependência química definitiva, cujo tratamento custará perto de R$ 8 milhões, só nos primeiros cinco anos. Nem falo nas recaídas. Isto apenas no tratamento pelo SUS, pago pelo contribuinte.
UMA CONTA SIMPLES – A lógica é de que até para o bolso do contribuinte e para a saúde pública é muito melhor o traficante grande ou pequeno, usuário ou não, ficar fora de circulação, e com isso evitar que jovens brasileiros adoeçam para lhes dar ganho econômico:
– A conta é simples. Um pequeno traficante preso custa 80 vezes menos para os cofres públicos, do que solto. Além disso, há a destruição da saúde dos dependentes, de suas famílias e das vidas, que a liberdade do traficante causa. Quanto às condições das prisões Terra diz ser assunto a ser resolvido com urgência pelo governo:
– Mas não podemos justificar um erro com outro. Não podemos fazer o discurso conformista para com uma política errada, como a de não investir em presídios, para justificar outra que é a de manter livres os multiplicadores da epidemia das drogas.
Plantão de Polícia
◘ Agressão
Um homem de 56 anos foi encontrado desacordado dentro de sua residência, no Loteamento Ceval, com marcas de sangue na cabeça e sinais de espancamento. Perto de onde estava caído, tinha um pedaço de madeira, também com vestígios de sangue. Por volta da 1h vizinhos escutaram gritos de socorro e informaram os familiares da vítima e a acionaram a Brigada Militar. Segundo revelação de um familiar, o homem tinha recebido o salário naquele dia e já tinha sido assaltado em sua residência, em vez anterior. A vítima está internada em observação, no Pronto-Socorro de Pelotas.
◘ Farmácia
Uma farmácia localizada na Avenida Bento Gonçalves foi assaltada por um homem que fingiu ser um cliente. Ele roubou R$ 700,00.
◘ Tráfico
Um jovem de 26 anos foi preso em flagrante pela acusação tráfico de entorpecentes. Ele tinha em seu poder nove petecas de cocaína com peso total de 4,3 gramas, 90 pedras de crack no total de 21,5 gramas e mais R$ 168,40 em dinheiro, que estavam acondicionadas dentro de uma bolsa.
Ele foi abordado por volta das 3h20min, de ontem na Rua Doutor Amarante, durante policiamento de rotina da Brigada Militar. O acusado estava em um posto de saúde abandonado, na Vila Castilhos, e saiu correndo ao avistar a viatura. Foi perseguido e preso, tendo admitido que estava comercializando droga para os usuários que estavam em sua companhia.