Dunga menos ranzinza : Treinador promete melhorar relação com a imprensa na volta à seleção
O técnico Dunga foi apresentado nesta terça-feira, na sede da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), no Rio de Janeiro, como o novo comandante da Seleção Brasileira. Ele retorna ao cargo, depois de uma passagem com bom aproveitamento dentro de campo e polêmica na relação com a imprensa, entre 2006 e 2010. Logo no começo de sua manifestação, antes mesmo de começar a entrevista coletiva, o treinador disse ter feito uma autocrítica de seu jeito ranzinza na relação com os jornalistas.
“Dificilmente uma pessoa muda. Mas sei que tenho que melhorar muito, no contato com as pessoas, com vocês jornalistas. Na minha primeira passagem pela Seleção Brasileira fiquei muito mais nos trabalhos dentro de campo, mas agora me preparei. Sobre o meu trabalho, os números estão aí. Agora, é normal também que eu tenha que aprimorar o meu relacionamento com a imprensa, trabalhei pra isso. Tive ótimas experiências na última Copa com ex-jogadores”, disse o treinador.
Nesta segunda passagem pela Seleção Brasileira, o primeiro desafio de Dunga será no dia 5 de setembro – amistoso diante da Colômbia nos Estados Unidos. Mas o projeto que começa agora é todo voltado para a Copa do Mundo da Rússia, em 2018. Antes haverá a busca pela medalha de ouro inédita nos Jogos Olímpicos. Nessa competição, que ocorre em 2016, o time brasileiro será comandado por Alexandre Gallo.
Cargos – Os ocupantes dos demais cargos na comissão técnica da Seleção Brasileira estão ainda sendo definidos. Mais um gaúcho e revelado nas categorias de base do Internacional – assim como são Gilmar Rinaldi, coordenadores de seleções da CBF, e Dunga – deve fazer parte do grupo de comando da equipe brasileira. É o ex-goleiro Cláudio Taffarel, que foi companheiro de Dunga e Gilmar na campanha do tetracampeonato.
Taffarel foi “olheiro” de Dunga na Copa de 2010. Atualmente, ele trabalha como treinador de goleiros no Galatasaray, da Turquia. O preparador físico Paulo Paixão pode continuar na seleção, porque ele trabalhou com Dunga no time brasileiro e no Internacional.