Duplicação da BR-116 : Monitoramento de répteis contabiliza 13 espécies
Animais rastejantes, silenciosos e com capacidade de camuflagem. Estas são algumas características que dificultam encontros com répteis durante as atividades do Programa de Monitoramento da Fauna e Bioindicadores.
O método utilizado pela equipe é a busca ativa, que consiste na procura de animais em atividade ou em abrigos, tais como tocas, sob troncos caídos, ambientes aquáticos e restos de construção. “São animais que ficam escondidos e não vocalizam (relativo ao canto), dificultando seu registro”, explica o herpetólogo (especialista em répteis e anfíbios) Gustavo Wallwitz, da STE S.A.. Durante o verão, no entanto, os números podem subir. “Os répteis hibernam no inverno e aumentam suas atividades com o calor. A maioria tem o período de reprodução em épocas quentes, quando se movimentam mais em busca de parceiros e alimentos”, completa.
Das 13 espécies identificadas pela equipe, oito são de serpentes, duas de lagartos, uma de cobra-cega, uma de jacaré e uma de tartaruga. Somente na última amostragem, realizada em dezembro de 2013, foram contabilizados 16 indivíduos, sendo a metade deles de lagarto-do-papo-amarelo (Salvator merianae). Este é o maior lagarto encontrado no Rio Grande do Sul, atingindo até 1,4 metro de comprimento. Possui hábitos diurnos e vive em campos, nas proximidades de cursos d’água, áreas rochosas e matas.
Até o momento não foram registrados animais que estão na lista de ameaçados de extinção no Rio Grande do Sul. A próxima campanha do Programa ocorrerá a partir do dia 10 de fevereiro.