Diário da Manhã

sábado, 23 de novembro de 2024

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Economistas defendem ajuste fiscal

13 abril
10:10 2015

A importância do ajuste fiscal e de sua efetividade foi o ponto em comum entre os três convidados do workshop Brasil: Desafios e Oportunidades Frente à Nova Conjuntura, realizado quinta-feira, na sede da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul. Promovido pelo Sistema FIERGS, por meio do Fórum de Economia da entidade e o IEL-RS, o evento teve o jornalista britânico Michael Reid como palestrante, além dos economistas Marcos Troyjo e Aod Cunha.  Ao abrir o evento, o vice-presidente da entidade, Humberto Busnello,  lembrou a importância de debates como o de hoje para “compor uma plataforma de relançamentos do Brasil como país competitivido, capaz de brilhar novamente na constelação das nações”.

EVENTO discutiu desafios e oportunidades para o Brasil

EVENTO discutiu desafios e oportunidades para o Brasil

Reid destacou que há quatro tendências mundiais que são apontadas pelo Conselho de Inteligência Nacional dos Estado Unidos: o empoderamento individual, a multipolaridade, o envelhecimento e a urbanização e o aumento das demandas de recursos.  “O Brasil talvez esteja vivendo seu maior desafio”, disse Reid, explicando que na sua opinião o ministro da Fazenda é hoje mais importante que a Presidente . “O ajuste fiscal é fundamental, mas deverá ser mais longo e doloroso do que o previsto”, disse ele. “A produtividade brasileira está pobre e é preciso tornar o Estado mais eficiente. Além disso, investir em infraestrutura é a chave para o crescimento”, comentou. O jornalista, autor do livro Brasil: a turbulenta ascensão de um país, falou também que é preciso investir mais em educação e “ensinar melhor”. Após declarar que o Brasil não deverá crescer quase nada até 2020, Reid elencou algumas oportunidades que estão surgindo como a crescente demanda por recursos como água, alimentos e energia. “Aqui, sempre após a esperança veio o desapontamento. Agora temos o desapontamento, talvez em breve tenhamos a esperança”, concluiu.

O economista e cientista político, Marcos Troyjo, falou sobre A chegada da reglobalização e seus impactos no Brasil destacando que o Brasil precisa aumentar seus parceiros, fortalecendo as cadeias globais de produção, a fim de combater a extroversão da China. “Para isso, é necessário um ajuste da política econômica e uma nova política comercial”, destacou. Aod Cunha insistiu na importância do ajuste fiscal e na enorme dificuldade em fazê-la. “É um período de crise o que torna a tarefa ainda mais difícil”, relatou em sua palestra sobre Crescimento Global e ajuste macroeconômico no Brasil em 2015. Cunha salientou ainda que “se conseguirmos, é urgente começar a pensar em algo mais perene, uma estabilidade fiscal”.

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