Editorial : ÓDIO E DESTRUIÇÃO
Tem-se a impressão de que Plutão teria abandonado seus domínios infernais para comandar pessoalmente a legião de demônios que infestam os quatro cantos da terra, tal a quantidade de ódio disseminado em todo o mundo. Os que acreditam em Lúcifer fariam bem ler a antiga obra “Existe o Diabo?”, de J. E. Martins Terra, Sr. J. Edições Loyola.
Além das fronteiras do marginalismo – nas manchetes diárias da imprensa – tudo indica que forças poderosas estariam atuando contra instituições basilares, que até aqui serviram de alicerce às diferentes civilizações. Estamos assistindo a derrocada dos mais autênticos valores humanos – a família, a sociedade, os povos. As lideranças mundiais, que se opõem a esse mar de crimes, sangue e lágrimas, objetivando os caminhos da concórdia e da paz, são perseguidas e eliminadas.
Nessa criminosa cruzada, todas as armas estão sendo usadas: o talento, a cultura, a ciência, as conquistas da técnica, o terrorismo, aluviões de publicações obscenas e programas de sexo e baixo nível na TV em horário nobre. A campanha não é apenas ousada, mas ardilosa, envolvendo, maquiavélica, cientificamente comandada. A mocidade, mais dócil de sorver a cicuta, é mais visada e, com isso, está sendo comprometido o próprio futuro da humanidade.
É natural que atrás dos bastidores dessa hedionda campanha muito dinheiro deve estar correndo. E que pessoas, organizações diabólicas ou nações estariam financiando essa guerra de violências, crime, assassinatos, corrupção de implosão de tudo? Quem estaria atrás desse tétrico biombo? Uma verdadeira trama satânica. O próprio livro “O homem de Nazaré”, de Anthony Burggess, não foge à regra. A despeito de o autor procurar justificar-se no preâmbulo da obra, o livro e o filme constituem flagrante deturpação da vida de Jesus.
Mais de dois mil anos de cristianismo e de lutas. Os fariseus de todos os tempos, retemperando suas armas no caldeirão do ódio, continuam investindo contra todos os obstáculos que embargam sua marcha deicida. A vandálica cruzada faz lembrar as incursões dos humos. Nada escapa a fúria sanguinolenta: instituições, famílias, homens, mulheres e crianças. Enquanto milhões de criaturas estiolam e morrem diariamente, atacadas por doenças quase sempre em consequência da fome, milhares morrem vítimas de sequestros, assaltos, latrocínios, atentados e inúmeros outros crimes que a violência vem multiplicando cada dia que passa. Quem estaria estimulando tanto ódio, tanta vindita, tantos crimes? Quem teria interesse nesse banho de sangue que avilta a civilização e depõem contra o nosso status de cultura?