Eduardo Leite tenta voltar ao Piratini após renúncia
O ex-governador Eduardo Leite (PSDB) confirmou nesta segunda-feira (13) que é um dos pré-candidatos ao governo do Rio Grande do Sul. Eleito em 2018 ao mesmo cargo, ele renunciou ao governo gaúcho em 31 de março diante da possibilidade de concorrer à Presidência da República, hipótese que não se confirmou.
Leite oficializou sua decisão em entrevista na sede do diretório estadual do PSDB, em Porto Alegre, ao lado do atual governador, Ranolfo Vieira Júnior (PSDB) – seu vice até abril.
“Comunico aos gaúchos e gaúchos que sou pré-candidato ao governo do Estado. Essa é uma decisão coletiva do partido, mas sobretudo com o governador Ranolfo”, destacou Leite, que afirma estar reconsiderando a possibilidade de estar no pleito ao Piratini desde janeiro.
O ex-governador disse que a decisão final se deu após a necessidade de pensar em soluções para o país em meio à polarização. Leite disse que a sua renúncia o deixou mais à vontade para “ser um candidato a governador e não um governador candidato. Mudei de opinião, mas não mudei de princípios. A renúncia me abria todas as possibilidades”.
A decisão de Eduardo Leite deve “destravar” o intrincado cenário da disputa, visto que outros partidos adotaram compasso de espera para definir alianças. Esse quadro abrange não só siglas sem postulantes ao cargo, mas também aquelas que já anunciaram pré-candidato, como o MDB, com Gabriel Souza. Embora o movimento de Leite derive da aliança dos dois partidos nacionalmente pelo apoio a pré-candidatura Simone Tebet (MDB-MS) à Presidência. No entanto, essa situação não será tão simples no Rio Grande do Sul. Gabriel e o presidente da sigla no Estado, Fábio Branco, firmam posição em encabeçar a disputa, embora alas do partido vejam o apoio a Leite como melhor opção, assumindo a posição de vice na chapa, com o próprio Gabriel ou outro nome da sigla.