EFEITOS DA PANDEMIA : Proprietários de academias passam por dificuldades financeiras
Não somente os praticantes de esportes mais populares, como futebol, foram atingidos pelas medidas de isolamento decretadas pelos Governos Estadual e Municipal; no Rio Grande do Sul, também os praticantes de artes marciais tiveram seus espaços de treino fechados em função da COVID-19.
Em Pelotas, a situação dramática dos proprietários de academias de artes marciais, que ainda não haviam sido mencionados nos Decretos Municipais que flexibilizaram normas sobre o isolamento, motivou a mobilização do segmento, culminando em reunião com a Prefeita Paula Mascarenhas, solicitada pelo Deputado Federal Daniel Trezciak, para apresentando das peculiaridades da prática do esporte e possíveis medidas de flexibilização a serem adotadas.
Porta voz do grupo, o praticante de Jiu-Jitsu e ex-vereador Rafael Amaral, levou a Prefeita Decreto emitido pelo Governo Municipal de Bento Gonçalves, município da serra gaúcha, onde, mediante atendimento a regras como utilização de máscara, álcool gel entre outras, as academias de arte marcial estariam autorizadas a recomeçar aulas e treinos. Acompanhado de empresários e praticantes do esporte, Amaral destacou, além da crítica situação dos proprietários, mestres de artes marciais e funcionários que acumulam dívidas sem poder trabalhar, a relevância da prática das artes marciais em um momento com o vivido atualmente. ” A arte marcial preconiza a disciplina e o respeito, ao mesmo tempo que promove saúde mental e corporal. Essa moeda tem dois lados e ambos são importantes: de um lado é fundamental criar condições para que as academias possam manter as portas abertas , oportunizando o pagamento de funcionários, aluguel, etc, sem desconsiderar as questões da pandemia, e do outro, não menos importante, viabilizar que os praticantes possam realizar os treinos, minorando os impactos psicológicos que toda essa situação promove”, afimou.
Como produto do encontro em novo Decreto, as academias de artes marciais, bem como as demais, foram contempladas com a flexibilização e a oportunidade de prestar serviços de forma reduzida, entretanto, permanecem sob grande dificuldade financeira, segundo os proprietários.
