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quinta, 25 de abril de 2024

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ELEIÇÃO 2020 : Campanha “Renovação e transparência” de Marco Marchand

ELEIÇÃO 2020   : Campanha “Renovação e transparência” de Marco Marchand
14 outubro
09:20 2020

O Democratas (DEM) concorre à Prefeitura com o candidato Marco Marchand, acompanhado pelo vice Major Kloss

Por Carlos Cogoy

Com o lema “Renovação e transparência”, a chapa que disputa com o número 25, apresenta as candidaturas de Marchand e Major Kloss. Marco Marchand concorreu à Prefeitura em 2016. Já em 2018, disputou uma cadeira na Câmara dos Deputados, e ficou com a primeira suplência.

TRAJETÓRIA – O pelotense Marchand (55 anos), é casado, pai de quatro filhos e avô de oito netos. Ele recorda que a trajetória profissional começou aos dezesseis anos, quando montou a primeira microempresa. Em 35 anos, dedicou-se à mecânica e eletrônica embarcada, tornando-se referência no segmento. Como consequência do êxito, criou a própria escola de mecânica automotiva. Acerca da trajetória política ressalta que, na campanha há quatro anos, lançou a proposta de uma gestão com “executivo técnico e não mais partidário, com o sonho de profissionalizar a administração da máquina pública”.

VICE – Natural de Porto Alegre, o major Henrique Kloss é o candidato a vice-prefeito. Oficial da reserva, menciona que viveu a maior parte da vida em Pelotas. Kloss tem um filho, e apresenta-se como “empreendedor e gerador de empregos”. Na trajetória política, já esteve à frente da coordenação de campanhas, e trabalhou junto ao governo gaúcho, vinculado à área da Transparência. Em Pelotas, durante 2012, Kloss foi o superintendente da segurança no município. Além disso, também possui experiência na assessoria parlamentar do Legislativo municipal.

Ao DM, a candidatura concedeu entrevista, e apresentou propostas para a gestão da Prefeitura no período 2021/2024.

DM – Num cenário de adversidades econômicas, o que motivou a disputa pela Prefeitura?

MARCHAND – O que me motiva buscar a Prefeitura foi o desejo, e dever, de contribuir, inserindo um novo tempo, com governo técnico, e não mais a partidarização da administração. É preciso profissionalizar a máquina pública.

DM – O porquê da opção partidária, e quais os compromissos da campanha “Renovação e transparência”?

MARCHAND – O DEM é um partido de direita, assim como eu, e nosso desejo é auditar a máquina pública. Então, vou lutar com unhas e dentes para isso. Queremos uma máquina administrativa não partidária, técnica e transparente.

DM – Avaliação da atual gestão, e como a sua candidatura contrasta com o mandato 2017/2020?

MARCHAND – Pelotas poderia estar muito melhor, houve uma imensa entrada de verbas públicas, houve acertos, porém muitos erros. Minha candidatura é um divisor de águas, entre o antigo modelo de governar, e a modernização técnica e transparente.

DM – Qual o projeto à saúde pública, como ampliar o acesso ao atendimento qualificado?

MARCHAND – No caso de vitória haverá uma transformação radical no atual modelo de gestão de saúde, queremos suprimir pontos de atendimento. E somente serão mantidos, pontos bem equipados. Os profissionais de saúde serão reorganizados. Não é possível oferecer saúde sem estrutura, e as condições mínimas aos profissionais. Apesar de menos pontos de atendimento, o cidadão terá a certeza de encontrar atendimento médico, e uma estrutura completa com todo o quadro de profissionais de saúde.

Marco Marchand

Marco Marchand

DM – Propostas para a educação no município, que tem uma rede com dezenas de escolas, e implica compromissos desde a distribuição de vagas, merenda e transporte, até grade curricular. O candidato compromete-se com o pagamento do piso salarial dos professores?

MARCHAND – O piso salarial é um dos meus maiores compromissos com a educação local. Para isso, primeiramente, é preciso colocar a casa em ordem. A folha de pagamento de políticos partidários aliados será extinta. Por isso não fiz coligações. Assim, sobrará dinheiro suficiente para valorizar, e ser justo com quem realmente merece. Temos também mais de noventa escolas, a maioria sucateada. A educação atual não é aquela da propaganda eleitoral. Precisamos uma nova organização, participativa, merenda de qualidade, reorganizar as vagas e ajustar a grade curricular.

DM – Na Prefeitura o que será feito para diminuir o desemprego, e consequentemente reduzir a pobreza e violência? E quais os compromissos e desafios, em relação à economia do município pós-pandemia? Energia renovável, áreas verdes, e o contexto da precarização do mundo do trabalho…

MARCHAND – O foco é montar uma força-tarefa entre a administração pública e a sociedade civil organizada, para ajudar os empreendedores locais. Os atuais fiscais da Prefeitura, numa nova gestão, serão 95% auxiliadores do empreendedorismo, terão função de amigos das empresas e microempresas. Só haverá multas em casos extremos de desordem ou perigo à sociedade e ao meio ambiente. É preciso urgente rever o Código Tributário Municipal (CTM), oferecendo descontos tributários temporários para novos empreendimentos e para os atuais. Sobre as energias renováveis, nosso plano de governo contempla o maior incentivo da história em fotovoltaicas. E lançaremos proposta de mudança do plano diretor local, para que os novos empreendimentos fiquem adequados a nova energia limpa, emancipando cada vez mais Pelotas no quesito energia. A uberização é a nossa realidade do século, e a dinâmica digital estará cada vez mais presente em qualquer administração técnica.

 Major Kloss

Major Kloss

DM – Em Pelotas, 70% dos servidores recebem complementação salarial para chegar ao salário mínimo, e o Sindicato dos Municipários tem projeto de Plano de Carreira, que ainda não foi implementado. Qual a política para os servidores municipais, a relação com o SIMP, e a postura diante de uma reforma administrativa, em âmbito federal, que pretende desmantelar a função pública?

MARCHAND – Nosso projeto prevê a grande participação dos municipários, estatutários e celetistas, nos cargos administrativos de chefia (FGs). Afinal o funcionalismo é quem mais conhece a máquina pública. É vergonhoso o contracheque da maioria, com complemento para poder atingir o salário mínimo. O diálogo com o SIMP será nosso maior elo para atender as necessidades básicas e mínimas dos municipários. E me posiciono contra a privatização do SANEP. Após colocar a casa em ordem, vamos rever o plano de carreira que já existe, e debateremos a possibilidade de estender aos demais estatutários.

DM – E temas como a segurança pública, meio ambiente, patrimônio histórico e a valorização da economia da cultura?

MARCHAND – A segurança será verdadeiramente interligada, e a desaceleração real da criminalidade se dará através da educação, e ocupação dos jovens que ocorrerá junto ao nosso projeto das Ágoras. O meio ambiente é um tema amplo e um dos pontos fortes do nosso governo, focado em energias fotovoltaicas, ETEs, resíduo orgânicos, saneamento básico e usina termoelétrica de lixo. O patrimônio histórico precisa uma ação muito além do IPHAN, como a destinação, ocupação e exploração destes espaços, seja pela iniciativa privada como a pública. A cultura, antes de economia, é um direito da população e, sem dúvida, uma imensa fonte de riqueza não explorada pelo município.

DM – Em relação ao déficit habitacional, saneamento básico e mobilidade urbana?

MARCHAND – A crescente ocupação de áreas, fora de medidas mínimas, em locais impróprios, dificulta a implantação do saneamento. É preciso prover habitação com infraestrutura à população de baixa renda, e realocá-los para áreas com condições mínimas de moradia. E também avançar nas obras de saneamento nos bairros. A mobilidade requer corpo técnico de engenharia de tráfego, construir elevadas e redesenhar o anel viário, transporte público de qualidade, e frota de ônibus com idade máxima de cinco anos de uso, somente a modernização nos meios de transporte público oferecidos, fará com que o cidadão use menos seu veículo particular. O que também contribuirá para baixar os índices de poluentes.

DM – Avaliação dos dois anos do governo Bolsonaro.

MARCHAND – Um bom governo.

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