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terça, 24 de dezembro de 2024

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EM BRASÍLIA : Comitiva pelotense reivindica Hospital Escola de grande porte

20 outubro
09:00 2021

Manter o projeto original que prevê a construção do Hospital Escola da Universidade Federal de Pelotas (HE-UFPel), com 364 leitos, foi o tema da reunião, nesta terça-feira (19), em Brasília, entre lideranças políticas e da sociedade civil de mais de vinte municípios que compõe a mobilização das lideranças políticas  da Zona Sul, do Estado do Rio Grande do Sul, com o presidente da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), General Oswaldo Ferreira, e com representantes do Ministério da Saúde e demais entidades.

Durante o encontro, a comitiva, liderada pelo presidente da Câmara dos Vereadores de Pelotas, Cristiano Silva (PSDB), reivindicou que o projeto, lançado há quase dez anos, para a construção do Hospital Escola da Universidade de Pelotas (UFPel) seja mantido com o número de leitos previstos,  beneficiando uma população de quase 1 milhão de pessoas da região, que precisa de um hospital público com atendimento 100% pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

“A reunião foi muito produtiva. Seguiremos lutando até a data prevista da apresentação do projeto para que ele seja contemplado com os 364 leitos previstos originalmente”, disse o  vereador Cristiano, que aproveitou para entregar documentos ao presidente da  EBSERH. Entre eles, o apoio da Associação dos Municípios da Zona Sul (AZONASUL) para a manutenção da construção do projeto original.

Atualmente, o projeto que está sendo feito, prevê a construção do Hospital Escola com cerca de 250 leitos. Este projeto, com número de leitos menor, é uma iniciativa da reitoria da UFPel.  Para o presidente da Câmara de Pelotas, há tempo de debater com a Instituição e entes públicos para a retomada do projeto inicial. Segundo Silva, a reformulação proposta não deixaria a base estrutural para ampliação de forma vertical. “Se o bloco 2, o que discutimos hoje, for reduzido da forma que está sendo colocada, não haverá espaço para ampliação de forma horizontal”, salientou ele.

Iremos conversar com a Universidade e tentar entender o porquê desta redução do número de leitos. Acredito que com diálogo e trabalho junto com a bancada gaúcha, na Câmara dos Deputados e Senado Federal, vamos disponibilizar os recursos necessários para construir o hospital com os 364 leitos”, afirmou Cristiano Silva.

O presidente da EBSERH, Oswaldo Flores, ressaltou o momento econômico difícil em que o Brasil e o mundo estão vivendo e por isso não pôde se comprometer com os 364 leitos, mas entende que se o acordo com a Universidade for selado e os recursos financeiros obtidos junto aos parlamentares e ao Ministério da Saúde, poderá ser possível uma readequação. “Sou muito sincero, agora não dá para atender a demanda da comitiva, pois não tenho o aval da Universidade e nem dinheiro para manter todos os leitos. Mas isso não impende que vocês lideranças políticas possam trabalhar com a reitoria para mudar esse projeto e buscar recursos para isso.”, disse Flores.

A diretora do curso de Medicina da UFPEL, Julieta Fripp, também defende que é possível que o projeto possa conter a previsão dos 364 leitos. “Entendo a situação econômica do Brasil, mas acredito que o projeto original com os leitos completos deve ser feito neste momento, mesmo porque a obra não começa “amanhã”. Então, até como medida de economizarmos dinheiro público, seria fundamental ter esse projeto pronto e quando a verba for disponibilizada não será necessário fazer outro projeto para a ampliação”, explicou.

Já o senador Luis Carlos Heinze (PP), afirmou que tentará intermediar um encontro com a reitoria da Universidade e solicitou empenho dos vereadores da região para que possam buscar com os deputados federais e senadores mais recursos para área da saúde em toda a região.

O deputado federal Daniel Trzeciak (PSDB) participou do encontro e afirmou que trabalhará no Orçamento da União do próximo ano para viabilizar recursos para mais leitos de saúde em Pelotas. “Temos que nos unir para buscar recursos, seja para o aumento de leitos neste projeto da HE UFPEL ou para os outros hospitais públicos da cidade. Já destinei emendas parlamentares para a saúde, seguirei destinando e vamos agora buscar mais recursos nas emendas de bancada para inserirmos no Orçamento da União”, disse.

Também participaram do encontro o vice-presidente da EBSERH, Eduardo Vieira; o diretor de Ensino, Pesquisa e Atenção à Saúde, Giuseppe Gatto; o assessor Especial do Ministério da Saúde, Daniel Pereira; o presidente do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde  (COSEMS), Maicon Lemos;  e o representante do Conselho Municipal de Saúde de Pelotas, Jaime Fonseca.

A BUSCA POR UM HOSPITAL DE GRANDE PORTE

Em 2012, foi lançado o edital de licitação para a construção do HE-UFPel com previsão na época de 364 leitos. Este projeto foi aprovado em 2015.

Recentemente, o projeto foi redimensionado e o número de leitos reduzido para 250, com possibilidade de nova diminuição.

Atualmente o prédio do hospital é locado e conta com 175 leitos. Desses, apenas 54 são destinados para retaguarda da Rede de Urgência e Emergência (RUE), que recebe os pacientes oriundos do Pronto Socorro Municipal (PSM) e de outras cidades.

A cidade de Pelotas é referência em saúde pública na região e por isso a necessidade de um hospital de grande porte com 100% dos atendimentos realizados pelo SUS para beneficiar os municípios vizinhos e os quase 1 milhão de pessoas que habitam neles.

LIDERANÇAS políticas da região Sul do Estado cumpriram agenda, ontem, em Brasília

VEREADORES PRESENTES

Também estiveram presentes os vereadores de Pelotas, Paulo Coitinho (Cidadania), Reinaldo Magalhães (PSD), Marcos Ferreira (PTB), Jair Bonow (PP), Rafael Dutra (PTB) e Michel Escalante (PP); Canguçu: Jardel Oliveira (PSDB) e Oraci Teixeira (PSB); Santa Vitória do Palmar: Júlio Silveira (PT) e Jucely de Aguiar (PT); Amaral Ferrador: João Martins (PSDB); Pedras Altas:  Diego dos Santos (PT); Arroio Grande: João Larrosa (PT); São Lourenço: Renan Hartwing (PP).

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