Diário da Manhã

sábado, 18 de maio de 2024

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EMBRAPA : Clínica Fitossanitária promove cursos para qualificar técnicos

24 junho
13:05 2016

Literalmente a Clínica Fitossanitária, serviço ligado ao Laboratório de Fitopatologia da Embrapa Clima Temperado (Pelotas) recebe um novo olhar, com gente diferente cruzando os corredores, e ganha também um jeito mais amplo de trabalhar.

O serviço vai além da diagnose de pragas e doenças de plantas, como feito no passado, o momento exige uma aproximação entre a pesquisa e a extensão, identificando e articulando oportunidades e demandas regionais em transferência de tecnologias e em propostas de pesquisa agropecuária.

Desde abril, após a aposentadoria da extensionista Mery Couto, da Emater Pelotas, a engenheira agronôma e ecóloga Patrícia Grinberg, da Emater Canguçu, vem enfrentando uma rotina bem diferente do que estava acostumada. “Meus dias de trabalho, aqui, são desafiantes pela tamanha oportunidade de conhecimento que estou experimentando”, confessou ela. A Clínica é formada pela equipe, que tem como responsável a Patrícia e pesquisadores na área de Fitossanidade: Bernardo Ueno; Cesar Bauer Gomes (responsável pelo Laboratório de Fitopatologia) e demais empregados da Fitopatologia da Estação Experimental de Cascata e Estação Experimental de Terras Baixas, além de contar com o apoio dos pesquisadores das áreas de Entomologia, Virologia, Solos e Fisiologia Vegetal.

A RENOVAÇÃO DA CLÍNICA

Em 2014 foi renovado o convênio entre a Emater/RS e a Embrapa Clima Temperado para manter a Clínica Fitossanitária nas dependências do centro de pesquisa, com vigência de cinco anos. O seu objetivo é atender aos produtores assistidos da Emater, técnicos da extensão rural, outros agricultores e também pesquisadores da própria Unidade, além de promover cursos de capacitação, oficinas e treinamentos; elaborar publicações técnicas e propor estratégias para o manejo de pragas e doenças, principalmente de espécies olerícolas e frutíferas, participar na instalação de Unidades Experimentais Participativas, as UEP’s.

COMO FUNCIONA

A Clínica presta suporte à Emater/RS, que possui atuação em 497 municípios do Estado, embora receba amostras oriundas de outros estados do país, cujo recebimento se dá através de correio, assim como também pela entrega no local. Algumas situações comunicadas a este serviço propõem visitações à campo para diagnóstico e/ou orientação técnica, sempre com o apoio dos pesquisadores da Embrapa Clima Temperado.

ENGENHEIRA agrônoma e ecóloga Patrícia Grinberg

ENGENHEIRA agrônoma e ecóloga Patrícia Grinberg

DESAFIOS E MUDANÇAS

Para Patrícia seu principal desafio está na sua capacitação técnica para atuação no diagnóstico de pragas e doenças do material recebido; como agilizar a interface entre o recebimento de amostras e o encaminhamento dos resultados. Conforme ela, algumas mudanças estão relacionadas às oportunidades de colaborar no desenvolvimento de ações e projetos que a Emater/RS e a Embrapa Clima Temperado sejam parceiras, auxiliando dessa maneira, entre as demandas dos produtores, extensionistas e pesquisa.

A Emater/RS comprometida com a autonomia da Clínica disponibilizou um veículo que ficará na sede da Unidade de pesquisas à disposição ao agilizar as saídas à campo.

Segundo o chefe de Transferência de Tecnologia, João Carlos Costa Gomes, a Clínica estabelece uma porta de entrada para todos os extensionistas e técnicos rurais. “A Clínica passa a ter um olhar institucionalizado e busca qualificar a saída dos técnicos e dos pesquisadores à campo”, define Costa. “Vamos providenciar um espaço no Portal da Embrapa para divulgar esse serviço e dar maior visibilidade ao trabalho”, disse Costa.

Em meio a realocação de espaços e readequação dos serviços disponibilizados pela Clínica, atualmente todo o processo do cadastramento das amostras e pareceres vinculados estão sendo reformulados para, em breve, estar disponível on line aos usuários e, assim, facilitar e dinamizar o acesso à informação.

MEMÓRIA

A Clínica foi criada em 1983, inspirada pela ideia do pesquisador Carlos Castro (fitopatologista) e apoio da Chefia da UD daquela época. A engenheira agronôma Mery Couto, da Emater Pelotas, assumiu como responsável técnico, em outubro de 1985, e desempenhou suas atividades durante 30 anos.

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