Enfim, jogando em casa
Após cinco anos, Brasil se apresenta no Bento Freitas em dia 7 de setembro
No passado, o Brasil estava habituado a festejar seu aniversário jogando em casa. Um costume que foi interrompido nos últimos anos em função dos desfiles de 7 de setembro, o que impossibilitava que a Brigada Militar fizesse policiamento no Bento Freitas. Agora, neste domingo, os xavantes poderão comemorar os 103 anos do clube na Baixada, torcendo pelo time e numa partida que pode coroar a grande campanha no Campeonato Brasileiro da Série D. A vitória assegura a classificação antecipada para a segunda fase da competição.
A última vez em que o Brasil jogou em casa no dia 7 de setembro foi em 2009 – vitória sobre o Caxias por 1 a 0 na copa estadual do segundo semestre. Cinco anos depois, os “parabéns a você” será feito em um jogo de muita mais importância. O time de Rogério Zimmermann encara o Maringá, com a possibilidade de confirmar classificação, com três rodadas de antecedência, para a segunda fase da Série D.
Além disso, a partida será a primeira do Brasil dentro de casa nesta competição nacional. O Xavante é um líder que ainda não jogou em seu estádio. Nos dois jogos em que teve o mando de campo, as partidas foram realizadas em Gravataí e na Boca do Lobo. Os ingressos começaram a ver vendidos nesta segunda-feira ao preço de R$ 30,00. No dia do jogo, o valor sobre para R$ 40,00.
Caso Marin : Contrato será interrompido
A saída do diretor executivo Fabrício Marin já está decidida. Resta definir de que forma será feito o rompimento do contrato com o diretor executivo, cujo compromisso com o Brasil iria até o final do ano. A decisão já foi tomada pelo departamento jurídico do clube. “Vamos buscar uma forma para que a situação se resolva da maneira mais digna possível”, disse o vice-presidente do departamento jurídico, Eduardo Szechir.
O presidente Ricardo Fonseca receberia na tarde desta segunda-feira o parecer do setor jurídico sobre a forma em que haverá o rompimento do contrato. Como o dirigente retornou à tarde de Porto Alegre, a postura foi de ponderação. Já Szechir garantiu que a decisão está tomada. “Nossa estratégia está definida”, afirmou. Mas ele entende que o anúncio só deverá ser feito, depois de uma reunião com o Marin.
“Estamos esperando que ele apareça em Pelotas, pois pelo que me consta ele saiu na quinta-feira e não mais apareceu no clube. Temos que conversar com ele e buscar um acordo como pessoas inteligentes. É preciso saber dele se ele vai pedir demissão, se será feito um acordo, se será demitido por justa causa…”, afirmou.
O possível acordo para rescisão de contrato será tratado como assunto de “economia interna” no clube. Como disse Ricardo Fonseca, a “roupa suja se lava em casa”.
ESTREIA – Entre tantas atrações na partida de domingo, às 16h, diante do Maringá, no Bento Freitas, destaca-se a estreia do novo uniforme da equipe do Brasil – agora produzido pela empresa italiana Kappa. A apresentação do novo material vinha sendo adiada, esperando por um momento especial, como é este próximo jogo, justamente no dia do aniversário do clube. As novas camisas já estão à venda na Loja Tribo Xavante. Felipe Garcia e Rafael Dida são os “modelos” das fotos das novas camisas.
Bate Pronto por Caldenei Gomes
Melhor aproveitamento
Por aproveitamento, o Brasil tem a melhor campanha entre os 41 participantes da Série D do Brasileiro. Os seus 80% em cinco jogos são igualados apenas pelo Rio Branco, do Acre, que já jogou sete vezes na competição. A campanha do time no campo respalda o discurso de prioridade à competição nacional em detrimento à Copa Fernandão, incluindo aí os Clássicos Bra-Pel.
Se o Brasil tivesse perdido em Palhoça e, por consequência a liderança do grupo, a estratégia de poupar os titulares no Bra-Pel seria contestada. Assim nada mais natural que a vitória, que deixou o time rubro-negro muito perto da vaga na segunda fase, seja comemorada como o triunfo do planejamento. Há muito caminho pela frente, mas o desempenho do time (quatro vitórias em cinco jogos) dá a esperança do tão desejado acesso à Série C.
– Um dos motivos da participação do Brasil na Copa Fernandão era o de pagar a pena de dois jogos de punição (perda do mando de campo) por causa de incidentes no Bra-Pel de 26 de setembro de 2013. Uma das partidas foi paga na inusitada inversão de mando de campo com o São Paulo. E a outra?
– O presidente Ricardo Fonseca acredita que terá que ser paga na “Copinha” de 2015. Mas já se fala em anistia da pena. Ou conversão no pagamento de sestas básicas. Tudo se acomoda no futebol gaúcho.