ESCOLA OSVALDO CRUZ : Comunidade pede mais segurança
Assustadas com um incidente, que por muito pouco não deixou crianças feridas, mães de estudantes da escola municipal Osvaldo Cruz, localizada na Santa Terezinha deram início a um movimento para cobrar mais segurança dentro do colégio. Na tarde desta quarta-feira um grupo realizou uma mobilização diante da escola e solicitou ajuda da Câmara de Vereadores para negociar a cedência de mais monitores para o colégio.
Na última sexta-feira (23) dois rojões foram lançados para dentro do pátio da escola na hora da entrada dos alunos. Conforme os relatos de testemunhas as bombas caíram junto de alunos que entravam nas salas e por sorte não feriram ninguém. Os autores do ataque não foram identificados. O caso foi a gota d’água para as mães dos alunos do turno da tarde que já estavam insatisfeitas com o aumento crescente e recente dos casos de brigas entre estudantes nas dependências do colégio.
“Desde o inicio deste ano letivo tem havido muitas brigas e não há monitores suficientes para cuidar das crianças”, comenta a autônoma Gabriela Pereira, 25 anos, que tem dois filhos na escola, sendo que um deles foi agredido no banheiro há algumas semanas por alunos maiores. A dona-de-casa Fabiane Oliveira, 43 anos, resume o temor dos pais usando como exemplo o episódio de Charqueadas, onde há uma semana sete estudantes ficaram feridos após serem atacados dentro da escola por um adolescente armado com uma machadinha. “Este colégio sempre foi muito bom, mas agora está complicado, não há vigilância. E se alguém resolver invadir a escola? Quem irá conter?”, questiona.
LOTAÇÃO – O aumento do número de alunos que saltou de 500 para 700 nos últimos quatro anos e a manutenção do mesmo quadro de funcionários e estrutura são apontados pelo diretor Luis Artur Silva como elementos que podem ajudar a explicar o problema. “Antes tínhamos três monitores por turno para acompanhar os estudantes nos recreios e dentro da escola, agora temos mais alunos e apenas dois funcionários por turno”, comenta. Pedidos de reforço de pessoal já foram encaminhados para a Secretaria Municipal de Educação, mas não foram atendidos.
O representante do bairro e segundo secretário da Câmara, vereador Marcos Ferreira, o Marcola (PT) acompanhou a mobilização e assumiu o compromisso de realizar reuniões com os secretários de Segurança, Aldo Bruno e de Educação, Artur Corrêa para buscar uma solução. “Vamos tentar que a Guarda Municipal mantenha uma presença mais efetiva nos horários de entrada e saída e que mais monitores sejam encaminhados para o colégio, afinal o aumento do número de alunos justifica essa medida”, comentou.