Diário da Manhã

Celulares com acesso à Internet, tablets e até notebooks. Cada vez mais os alunos estão carregando em suas mochilas mais equipamentos. Porém, ao mesmo tempo em que podem ajudar nos estudos, chamam a atenção de bandidos que rondam as escolas nos horários de chegada e saída das aulas. Para evitar os ataques de assaltantes, a Brigada Militar pretende ampliar a presença nas escolas a partir das próximas semanas.

Na noite de sexta-feira , uma reunião realizada a pedido da deputada estadual Miriam Marroni (PT) no 4^o. Batalhão de Polícia Militar (BPM) discutiu a aplicação do Patrulhamento Escolar em Pelotas. Participaram do encontro professores e diretores de algumas das escolas da área central da cidade, como o Colégio Municipal Pelotense, Colégio Estadual Félix da Cunha e Escola Louis Braille.

Conforme o tenente-coronel André Luís Pithan, nos bairros o controle próximo às escolas já é feito por agentes e viaturas da Polícia Comunitária. “Apesar de existir o policiamento nas áreas centrais, existe uma demanda de maior presença junto às escolas. Vamos fazer essa intervenção e adotar um patrulhamento mais intensivo e nos três turnos de aulas”, afirma o comandante do 4^o. BPM.

PARADAS – Mesmo com toda vigilância por parte de professores e diretores, não são raros os casos de alunos assediados por traficantes. Segundo o diretor do período noturno do Colégio Municipal Pelotense, Anderson Ávila, até mesmo buracos nos muros da escola são abertos para tentar passar as drogas para o interior da escola. “Mas notamos que sempre que a Brigada está presente a violência e as drogas somem”, relata.

Para a deputada Miriam, o patrulhamento irá influenciar até mesmo na presença dos jovens nas aulas. “A escola é um ambiente de formação e aprendizagem. Quando chegar e sair se torna um risco, alguns jovens podem pensar até mesmo em desistir, o que não pode ocorrer de forma alguma.”