Diário da Manhã

Por: Henrique König

O Paulista está na decisão da Série Ouro de Futsal, pelo Estadual da Federação. O jogo de ida pela final ocorre no sábado (13), às 20h, no Ginásio do Paulista. Os 264 ingressos postos à venda já estão quase esgotados. Quem quiser adquirir deve procurar a Secretaria do clube, na Rafael Pinto Martins, ainda hoje. Ederson Vergara, conhecido como Pingo, diretor do Paulista, conversa com o jornal:

“A avaliação do clube é a melhor possível pelo contexto de pandemia. Um ano em que o investimento se tornou baixo. Veja bem, enfrentaremos o time de Bento Gonçalves, que tem orçamento anual de 1 milhão de reais. Nosso investimento não chega a 10% deles. Eles treinam todos os dias em dois turnos. Perdemos o jogo contra eles por 3×2 na fase classificatória. O padrão deles não é a nossa realidade hoje, mas isso não é desculpa, não é bengala. Agora é um jogo diferente e, chegando à final, miramos vencer.”

Apesar da divisão dos Campeonatos Estaduais em duas frentes, o certo é que a cidade de Pelotas não chegava a uma decisão adulta masculina na elite há 46 anos. É um marco histórico e Pingo comemora e agradece isso:

“Temos grande ajuda da Radiologue nos exames, ajuda dos fisioterapeutas, do dr. André Guerreiro, do dr. Marcos Monteiro. E, é claro, temos ótimos atletas e uma ótima comissão técnica. Temos sala de análises com jogos gravados. A gente consegue ter uma análise boa, entregando situações para comissão e jogadores evoluírem”, avaliou, lembrando que a última grande equipe do futsal masculino pelotense havia sido a Universidade Católica, ainda na primeira década dos anos 2000.

“Nosso projeto é a médio prazo. Temos parceiros como a Porto 5 e o Colégio Gonzaga. São empresas e pessoas que começaram a entender nosso projeto e a nos procurar. Isso nos dá uma perspectiva muito boa. Um projeto de 3 a 5 e já no primeiro ano de disputas chegamos fortes.”

Equipe adulta masculina coloca Pelotas na final de Série Ouro após 46 anos
Divulgação / Paulista FC

Pingo também elogia o vínculo com a Universidade Federal: “Nossa parceria com a UFPel é importante. Temos esporte e ciência contemplados. Temos um vínculo que deveremos prorrogar até a próxima reitoria”.

A representatividade da região: “Representamos não só Pelotas, mas o extremo sul do estado. São Lourenço do Sul também está nos ajudando. Aqui tudo é longe, longe das demais cidades, viajar sai caro. O Paulista é bem visto por xavantes, por áureo-cerúleos, temos boa aceitação”.

A importância da categoria adulta: “O adulto é o teto, é o espelho para as crianças chegarem. Neste final de semana os menores têm competição em Ijuí. No final do ano vão a Santa Catarina. E o nosso time Sub20 está nas semifinais do Estadual. Jogam dia 27 contra o São José de Cachoeira”.

Paulo Lobo, treinador do adulto e um dos coordenadores da base: “o Paulo é a chave do sucesso. É um estudioso. Quem convive sabe. Tem contato com grandes treinadores do país. Um exemplo é o Thiago Gordo, do Atlântico. Temos oVereda na preparação de goleiros. O Henrique Braga. São trabalhos não de agora, mas de anos. O Paulo vem chegando em decisões e isso representa muito.”

Futsal Feminino: “é um projeto muito seguro, com muito trabalho científico. As gurias vêm crescendo ano após ano. O Lorenzo e o Formiga fazem um grande trabalho. Disputam Taça Liberdade e o Campeonato Estadual. Temos de espelho a Malgi, com o Maurício, que é um baita cara, corajoso, montou seu projeto e colhe frutos. Temos a ideia de que o Futsal da cidade não é o Paulista, não é a Malgi, não é o Brilhante, não é a Agremiação, é aprendermos juntos, para ganhar dos outros”.

Educação – Saúde – Inclusão Social: estes são os lemas para a base do Paulista: “Alguns atletas da base são bolsistas, recebem cesta básica, ajudam em casa. O Futsal tem dessas: gente com maior aquisição financeira, mas também mais pobres. Mas dentro do Paulista todo mundo é igual. Educamos de igual para igual. Queremos oferecer também aulas de Inglês e Espanhol para as crianças. Queremos ensiná-los com solidariedade e trabalho em equipe. O jogo às vezes é só consequência”, finalizou.