Diário da Manhã

terça, 21 de maio de 2024

Notícias

Ex-centroavante do Brasil é a história viva de um time que nos anos 80 encantou torcedores xavantes e apavorou adversários pelo país afora

07 abril
09:15 2014

Bira “rubro-negro” Souza

Ele é personagem do indiscutível melhor momento do Grêmio Esportivo Brasil no cenário futebolístico nacional em todos os tempos: ano 1985, quando foi terceiro colocado no maior campeonato de futebol do Brasil, o Campeonato Brasileiro, que teve o Coritiba como campeão e o Bangu como vice.  Não há torcedor xavante que não lembre ou não tenha visto ao menos em vídeo tape o seu gol na vitória por 2 a 0 sobre o Flamengo, no Bento Freitas, aproveitando falha da zaga flamenguista e do goleiro Ubaldo Fillol. Se teve gol em falha de adversário também teve golaço. Foi diante do Ceará, na Baixada, dia 13 de abril de 1985, numa pegada bonita da entrada da área.

“Esse eu considero o mais bonito da carreira”, assegura.

Bira Souza - Alisson  (2)Ubiraci Souza, o Bira, hoje com 49 anos, é a história viva de um time rubro-negro vencedor. Ele mesmo é um vencedor. Criado na base do Xavante após avaliação em um peneirão para a equipe juvenil, em 1981, foi destaque no Campeonato Citadino daquele ano ao marcar (não lembra com precisão) cerca de 30 gols que ajudaram na conquista do título. No ano seguinte, com 17 anos, integrou o elenco profissional numa excursão a Santa Catarina e foi ficando, e marcando gols…

Nos anos 1982 e 1983, estava num grupo que também tinha dentre outros os “pratas da casa” Silva, Hélio e Aloisio, os dois primeiros estariam na base do time que em 1984 e 1985 brilhou e encantou os rubro-negros. E atemorizou os adversários, como no título de campeão do interior do Rio Grande do Sul no Gauchão em 84, ano em que o Brasil venceu o Inter no Beira-Rio, 1 a 0, com um gol seu. E a campanha “arrasadora” no nacional de 85.

O menino Bira, de 1,89 metro era uma das estrelas da Baixada, com o aval de técnicos como Osvaldo Barbosa, Luiz Felipe Scolari, Cassiá Carpes e Valmir Louruz, num tempo em que as preparações, treinamentos futebolísticos e até os tratamentos de lesões eram bastante rústicos. O atacante grandalhão do time amador Barcelona, do Fragata, superou as adversidades para ganhar “o mundo” do futebol. E ser o vice-artilheiro do Campeonato Brasileiro de 85, fato que lhe rendeu a chuteira de prata na premiação da competição.

O Grêmio de 1985/86 contou com os gols de Bira para ser bicampeão gaúcho. Esteve sob o comando de Rubens Minelli. Nos anos seguintes o atacante virou uma espécie de cigano do futebol. Entre 1988 e 1994 esteve em Portugal, onde defendeu as cores do Beira-Mar, Leixões e Desportivo de Águeda. De volta ao Brasil, defendeu o Vitória da Bahia(do técnico Abel Braga), Internacional de Limeira, Santa Cruz, de Recife, Pinheiros do Paraná, Brusque de Santa Catarina e Guarani de Garibaldi, até encerrar a carreira profissional no Grêmio Atlético Farroupilha, em 1997. Antes, em 1994, uma última e rápida passada pelo Bento Freitas.

A chegada ao Grêmio teve um dos fatos hilários de sua carreira, quando recebeu um carinhoso beijo do jornalista e comentarista gremista Paulo Santana, ao vivo, no Jornal do Almoço, da RBS. “Agora temos centroavante”, dizia Santana, à época.

Rubro-Negro e tricolor porto-alegrense. As duas paixões futebolísticas de Bira, hoje corretor de imóveis e de seguros, que também administra a “Oficina de Futebol” – www.oficinadefutebolrs.com.br – empresa agenciadora de jogadores. Não tem herdeiro homem para passar suas experiências esportivas – é pai de quatro filhas, Victória, Eduarda, Kryssia e Franciele, e administrado pela dona Vânia -, mas tenta repassar aos jovens a sua visão sobre o futebol moderno.

“É preciso saber aproveitar as oportunidades, estar atualizado, procurar seu espaço rapidamente e se estruturar para ser um atleta profissional”, aconselha o ex-atacante, do tempo em que os times jogavam com dois ponteiros, que iam á linha de fundo e cruzavam a bola para a área. E Bira sabia como poucos aproveitar as jogadas dos ponteiros. Só nõ lembra com precisão quantos foram os gols marcados na carreira. mas foram muitos, No Brasil, recebeu muitas assistências de Júnior Brasília, da direita, e Zezinho, da esquerda. Os torcedores xavantes das antigas lembram bem.

bira4

 

Notícias Relacionadas

Comentários ()

Seções