Diário da Manhã

sábado, 04 de maio de 2024

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EXPOSIÇÃO : A música que emana de objetos do passado

03 dezembro
08:57 2015

Há dezesseis anos sem expor, Harly Couto apresentará quadros de diferentes fases na mostra “Vestígios” que abre hoje

Por Carlos Cogoy

Prof ª. Ursula Rosa da Silva, artista Harly Couto e Caroline Bonilha

Prof ª. Ursula Rosa da Silva, artista Harly Couto e Caroline Bonilha

Diariamente ela ouve música, pinta e passeia pelo jardim. Em quinze anos ela não parou, e estima que sua produção seja de trezentos quadros. Sua exposição anterior, no entanto, teve título especial “O último sol do milênio”. A mostra, realizada em 1999, sintonizava com a iminência do novo século.

Após dezesseis anos, a artista estará expondo suas criações. Trata-se da mostra “Vestígios”, que reunirá dezenas de quadros no Museu de Arte Leopoldo Gotuzzo (MALG/UFPel) – rua Gen. Osório 725.

MALG – Com a curadoria de Ursula Rosa da Silva (CEARTES/UFPel), e Caroline Bonilha, a mostra terá abertura nesta quinta às 19h. Nas salas do Malg, obras de diferentes fases da artista. Então, desde quadros dos anos oitenta até criações mais recentes. O material é diversificado e Harly mantém a opção pela técnica mista.

TRAJETÓRIA artística de Harly com diferentes etapas. Nos cursos de pintura, escultura e gravura que participou, aprendizado com artistas como Lenir de Miranda, Carlos Fajardo, Danúbio Gonçalves, Maristella Salvattori e Paulo Porcella. Suas obras já foram expostas em cidades da região, e capitais como Recife. No exterior, EUA e Espanha

TRAJETÓRIA artística de Harly com diferentes etapas. Nos cursos de pintura, escultura e gravura que participou, aprendizado com artistas como Lenir de Miranda, Carlos Fajardo, Danúbio Gonçalves, Maristella Salvattori e Paulo Porcella. Suas obras já foram expostas em cidades da região, e capitais como Recife. No exterior, EUA e Espanha

Ao invés de mero material reaproveitado, ela reúne sobras do passado. Assim, num belo quadro estão resíduos do papel de “impressão matricial”. Ela diz que o filho trabalhou num centro de computação de banco público. À época, a impressão ainda estava no estágio rudimentar.

HARLY Couto e o quadro com resíduos de impressão “matricial”

HARLY Couto e o quadro com resíduos de impressão “matricial”

O papel descartado ganhou vida na criação de Harly. Noutra bela obra, a textura tem como base as “talas” que serviram ao filho para a recuperação de lesão. Já o  quadro cuja imagem consta no convite, tem pedaço de calha da casa da artista. O fragmento foi manipulado até virar uma “chapa” metálica. Ela acrescenta que deixa o “material se expressar”. Visitação até dia 17 de janeiro.

MÚSICA foi o primeiro interesse artístico de Harly. A menina também reparava nas imagens formadas pelas pequenas manchas de mofo nalguma parede. Mas era o som que a embalava. Na arte contemporânea encontrou sua expressividade. Mas mantém a admiração pela música que, tanto pode estar ao ouvir Chopin, quanto numa vertente de água na Cascata.

 

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