Diário da Manhã

terça, 26 de novembro de 2024

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EXPOSIÇÃO : “Bonecas Feias” na Sigmund Freud

03 outubro
08:42 2017

Quarta às 19h, mostra “Bonecas feias: incertezas poéticas da arte contemporânea”

Por Carlos Cogoy

Criações que remetem ao questionamento sobre o belo e o feio. “Bonecas Feias: incertezas poéticas da arte contemporânea”, é exposição da artista visual Cláu Paranhos, cuja abertura acontecerá amanhã às 19h. Como local, Espaço Arte Chico Madrid da Sociedade Científica Sigmund Freud – rua Princesa Isabel 280 sala 302.

PESQUISA – Mestranda em artes visuais na UFPel, Cláu Paranhos – recentemente empossada no Conselho Municipal de Cultura -, desenvolve pesquisa sobre “Bonecas Feias”. Ela acrescenta que é o objeto de sua poética visual, e a orientação é da profa. Dra. Alice Jean Monsell. Cláu explica: “Os bonecos, feitos manualmente com materiais diversos, principalmente tecidos, são o principal meio pelo qual observo e investigo as questões artísticas e culturais associadas a padrões do corpo na arte e na contemporaneidade, particularmente em relação ao que se considera ‘belo’ ou ‘feio’, e o modo como a nossa construção de subjetividade possa ser influenciada. As Bonecas Feias são como um desenho que se dá na agulha, no pano do avesso, o que obriga à espontaneidade que talvez já não possua quando faço desenhos, ilustrações, pinturas. Quando finda a costura, desviro o avesso e só então se revela o que foi feito. Nesse processo, o qual é incompatível com qualquer planejamento ou previsão, não há molde, e sim apenas espontaneidade e entrega ao que vier, exatamente como nascem as pessoas, ou seja, criando seres diferentes como as pessoas de verdade e produtores de sentido de ação política, na resistência aos modos de ser da cultura hegemônica”.

Artista visual Cláu Paranhos desenvolve pesquisa sobre “Bonecas feias”

Artista visual Cláu Paranhos desenvolve pesquisa sobre “Bonecas feias”

FEIÚRA – A artista menciona Umberto Eco: “Em ‘A história da feiúra’, Umberto Eco diz que as diversas manifestações do feio são mais ricas e imprevisíveis do que se pensa habitualmente. A feiúra seria, inclusive, mais divertida do que a beleza”.

TRAJETÓRIA – Cláu Paranhos é natural de Porto Alegre, artista, arte(des)educadora, agente cultural e pesquisadora na área de artes visuais. É mestranda em poéticas visuais pelo programa de pós-graduação em artes visuais da Universidade Federal de Pelotas, na linha de pesquisa: Processos de Criação e Poéticas do Cotidiano, sob orientação da Profa. Dra. Alice Monsell, onde pesquisa as “Bonecas Feias”. É graduada em Licenciatura em educação artística/artes visuais e no bacharelado em pintura, ambos no Instituto de Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Desde 2003, participa de exposições e ações artísticas individuais e coletivas nas áreas de performance, pintura, livro de artista, ilustração, teatro e música. Desenvolve oficinas de artes visuais desde 2005. É criadora e integrante do coletivo performático artístico musical ‘Cow Bees’. Atualmente, é co-diretora do Espaço Arquipélago Casa Atelier em Pelotas, onde foi eleita em 2017, representante das artes visuais no Conselho Municipal de Cultura.

 

 

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