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sábado, 04 de maio de 2024

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Feira da Cara Preta mostrou potencial da cultura negra

23 setembro
15:26 2014
As atividades tinham como objetivo mostrar o potencial da cultura negra, com um grande número de manifestações artísticas

As atividades tinham como objetivo mostrar o potencial da cultura negra, com um grande número de manifestações artísticas

A Feira da Cara Preta terminou nesta segunda-feira (22/9/2014), depois de quatro dias de atividades que tinham como objetivo mostrar o potencial da cultura negra, com um grande número de manifestações artísticas. Foram cerca de 40 pessoas envolvidas, entre artistas, organização e venda dos produtos e serviços, que levaram público e movimentação à área interna do Mercado Central.

De acordo com um dos organizadores da Feira, Jonas Fernando, os negros não conseguem se enxergar como parte do modelo de sociedade em que vivem. Com a exposição a população consegue identificar, além do potencial dos artistas, a identidade cultural negra, inclusive percebendo o quanto essa cultura já faz parte do seu dia a dia, seja no vestuário, na alimentação ou em artesanato.

Foram cerca de 40 pessoas envolvidas, entre artistas, organização e venda dos produtos e serviços, que levaram público e movimentação à área interna do Mercado Central

Foram cerca de 40 pessoas envolvidas, entre artistas, organização e venda dos produtos e serviços, que levaram público e movimentação à área interna do Mercado Central

Ao abrir espaço para mostrar seu potencial, também se abre espaço para a geração de trabalho e renda. O Sebrae auxiliou os participantes na formalização dos seus negócios, mostrando a importância de contribuir com o INSS, ampliando horizontes e oferecendo mais segurança aos envolvidos.

A Feira teve gastronomia, moda, artesanatos, artes visuais – escultura, pintura, grafite – e apresentações de música e dança, rodas de conversa, além dos papos que os visitantes podiam ter com os expositores, como a artesã e educadora social Ana Centeno, neta de escravos, que conheceu a história da família contada pelo pai, ao som do tambor. “Quando meu pai contava sobre uma ‘molecota’ que foi trazida da Namíbia pelos escravocratas, que invadiram suas terras e a colocaram num barco pequeno e depois em um barco grande, eu não sabia que ele tava contando a minha história”, disse a lourenciana Ana, ao confidenciar que acreditava que a Namíbia era um lugar próximo, como Pelotas ou Canguçu.

Emerson Fernandes, também organizador da Feira, disse que a Cara Preta cria uma cultura de cooperativismo, mesmo entre quem não se conhece bem, onde as visões se cruzam e se unem. “É espontâneo… As conversas acabam fortalecendo a amizade, vai além do físico.”

A Feira teve gastronomia, moda, artesanatos, artes visuais – escultura, pintura, grafite – e apresentações de música e dança, rodas de conversa, além dos papos que os visitantes podiam ter com os expositores

A Feira teve gastronomia, moda, artesanatos, artes visuais – escultura, pintura, grafite – e apresentações de música e dança, rodas de conversa, além dos papos que os visitantes podiam ter com os expositores

A Cara Preta cria uma cultura de cooperativismo, mesmo entre quem não se conhece bem, onde as visões se cruzam e se unem

A Cara Preta cria uma cultura de cooperativismo, mesmo entre quem não se conhece bem, onde as visões se cruzam e se unem

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