Feira no Parque completa um ano
Há um ano a prefeitura decidiu mudar a tradicional feira de hortifrutigranjeiros que há décadas ocorria no canteiro central da avenida Bento Gonçalves para o entorno do Parque Dom Antônio Záttera – ao longo de três quadras nas ruas Padre Anchieta, Doutor Amarante e Andrade Neves. Passados pouco mais de 12 meses, a opinião geral é de aprovação, tanto dos feirantes quanto das pessoas que optam por comprar suas frutas, legumes e hortaliças direto dos produtores rurais.
“Está muito boa, maravilhosa, e vai ter sombra no verão. Eu assino embaixo. Tomara que não retirem a feira daqui”, diz Luiza Kroning, que mora nas redondezas e todo sábado de manhã vai buscar os alimentos fresquinhos que abastecerão sua família ao longo da semana.
Lúcio Andrade mora em Canoas, mas sempre que vem visitar sua mãe, se encarrega de fazer a feira para ela. “Tem um local na quadra da Andrade Neves que está embarrado… Podia ser feita alguma coisa lá. Mas no geral os espaços estão melhor divididos, tem fácil acesso… Está melhor aqui”, opina.
Não são só os clientes que estão satisfeitos com a mudança de local. Com 30 anos de feira, dona Zenilda Douglas garante que o negócio está melhor agora: os fregueses falam bem e ela até vende mais. “Lá na Bento tinha bancas dos dois lados, ficava difícil as pessoas andarem e os carrinhos (de feira) se pechavam muito. Aqui é mais espaçoso e tem mais lugar para estacionar, o que atrai mais gente.”
Uma das maiores dificuldades, logo que a feira aquele(a)” feirante específico em que a pessoa estava habituada a comprar. “Feirante e cliente não se achavam. Mas com o tempo tudo se ajeitou. Outra coisa é que aqui nessa quadra (Andrade Neves), em dia de chuva enche. Mas fora isso, tá melhor que antes.”
Evalcir Rogério Dravanz tem 42 anos “de idade e de feira”, garante. Sou feirante desde que estava na barriga da minha mãe. Tudo o que eu vendo aqui é produzido por mim”, confidencia, sem esconder o orgulho em dar continuidade ao trabalho da família. Na opinião dele, falta um pouco de conversa entre os próprios feirantes (são quase 100) e entre eles e a prefeitura para fazer ajustes e, sobretudo, para esclarecer as regras quanto ao estacionamento dos caminhões dos produtores e evitar desentendimentos. Apesar da crítica e autocrítica, Dravanz não tem dúvidas: “A feira agora está maior, mais espaçosa e mais calma”.