Diário da Manhã

O 7º Festival Internacional Sesc de Música, em Pelotas (RS), está cumprindo o seu papel social e deixando conhecimento, experiências e muito aprendizado na cidade. E não só como formação de plateias. Desde segunda-feira, futuros músicos, já participantes da Orquestra Estudantil Areal, de Pelotas, saíram da rotina para viver o clima do Festival e participar, como alunos, do evento. “Professores renomados passam do nosso lado na rua. É uma experiência incrível”, diz o menino Carlos Eduardo Espírito Santo Fonseca, 15 anos, estudante de violino.

Com o objetivo de deixar um legado na comunidade, nesta edição, o Festival está ampliando seu cunho social e trouxe a Orquestra Estudantil Areal para dentro do evento, com uma programação especial direcionada aos estudantes, conforme explica o Gerente de Cultura do Sesc/RS, Sílvio Bento. Para isso, o professor Gean Potiguara Veiga, músico da Ospa e integrante da Orquestra Unisinos Anchieta, de Porto Alegre, está em Pelotas como convidado especial para capacitação dos jovens. “A música erudita não é inacessível e é capaz de transformar a sociedade. Os alunos aprendem sobre organização, respeito, liderança e relação de interdependência. Uma orquestra é uma pequena sociedade colaborativa”, diz ele, que aprendeu a tocar violino aos três anos de idade.

TRANSFORMAÇÃO social também é foco do evento

O pequeno Miguel Proença Corrêa, 10 anos, caçula da Orquestra do Areal, já é consciente dos benefícios da música de concerto. “A música clássica estimula a concentração e acalma”, disse o menino, que toca flauta e violino e frequenta as aulas acompanhado pela mãe e grande incentivadora Mirian Proença Corrêa. “Não estou trabalhando e decidi me dedicar a ele este ano. Será um grande orgulho para mim se ele for músico”, comemora ela, que trabalha também pela busca de recursos para manutenção da atividade em Pelotas. “Essa Orquestra é um presente que Deus colocou naquela escola (Ginásio do Areal)”, ressalta.

A professora de música da Orquestra Areal, Lyz Ferreira, percebe a evolução técnica dos alunos já nos primeiros dias de aulas no evento. “Dentro do Festival, eles estão tendo uma outra visão do que é estudar música. É uma realidade muito diferente da escola”, diz ela. Integram a Orquestra, como uma atividade extraclasse, em torno de 80 estudantes do Ginásio do Areal, com idades entre 9 e 19 anos. No Festival, participam 30 deles.

HOJE

13h – Música de Câmara | Recital de Alunos – Bibliotheca Pública Pelotense

16h – Festival na Comunidade | Classe de Eufônios – Cras São Gonçalo

18h – Festival na Comunidade | Orquestra Estudantil Areal – Shopping Pelotas

19h – Música de Câmara | Recital de Professores: Wally Hase (Alemanha) | Christoph Hartmann (Alemanha) | Liuba Klevtsova (Rússia) | Emmanuele Baldini (Itália/Brasil) – Bibliotheca Pública Pelotense

20h30 – Tempos de Solidão | Missa do Orfanato (W. A. Mozart) – Theatro Guarany