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segunda, 25 de novembro de 2024

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FEZ HISTÓRIA COM SIMPLICIDADE : Cirilo encerra a carreira e começa novo ciclo no futebol, mas acha cedo para projetar profissão de técnico

FEZ HISTÓRIA COM SIMPLICIDADE : Cirilo encerra a carreira e começa novo ciclo no futebol, mas acha cedo para projetar profissão de técnico
30 novembro
08:45 2017

Quando se falar de um zagueiro eficiente pela simplicidade no desempenho da função, Cirilo pode ser citado como exemplo. Aos 38 anos e 18 de carreira, ele decidiu pela “aposentadoria” como jogador neste final de temporada. Seu último jogo foi na sexta-feira, quando do banco de reservas assistiu à virada espetacular do Brasil por 3 a 2 diante do Criciúma, depois de estar perdendo por 2 a 0 no primeiro tempo. A última vez em que esteve o campo foi contra o Internacional, dia 24 de junho, no Bento Freitas.

A emoção da despedida dos gramados foi o último ato de uma história que começou no próprio Brasil no despertar da década passada. Foi também a colocação em prática de um projeto construído ao longo do ano de 2017. “Vinha pensando nessa possibilidade já há algum tempo. Não é uma decisão fácil. O presidente Ricardinho (Ricardo Fonseca) havia me convidado para assumir um cargo na comissão técnica das categorias de base. Tudo isso influenciou em minha decisão de parar de jogar. Tudo se encaixou”, afirma.

Cirilo se emociona na despedida: “É uma decisão difícil”, diz o zagueiro que subiu com os três times da cidade Foto: Jonathan Silva/Assessoria GEB

Cirilo se emociona na despedida: “É uma decisão difícil”, diz o zagueiro que subiu com os três times da cidade
Foto: Jonathan Silva/Assessoria GEB

O joelho direito também influenciou na decisão oficializada na semana passada. Nos primeiros meses deste ano, Cirilo sofreu uma lesão – durante um treino. Jogou várias rodadas do Gauchão, com dificuldade em função da dor. O problema se agravou na partida diante do Caxias, dia 23 de março. Depois disso, ele voltou a treinar normalmente, “mas a recuperação não foi a mesma coisa”. Tanto que jogou apenas uma partida (diante do Inter) no Campeonato Brasileiro da Série B.

RESPEITADO – Ao “pendurar as chuteiras” Jeferson Cirilo Mesquita Martha não tem dúvida de fez uma carreira capaz de marcar seu nome na história futebol gaúcho, especialmente no de Pelotas. O zagueiro alcançou o feito inédito de subir com os três times da cidade: Farroupilha (2004), Pelotas (2009) e Brasil (2013). Também ajudou a colocar o Inter/SM na primeira divisão em 2007. “Estou nas fotos de acesso dos três times da cidade”, destaca. Teve ainda dois acessos nacionais pelo Xavante.

Sua conduta profissional possibilita que Cirilo seja respeitado pelos torcedores adversários – inclusive, os do Pelotas. “Quando vou ao centro, deixo meu carro numa garagem de um torcedor do Pelotas. E converso sempre com ele. E só respeitado por todos os torcedores. Tenho também muita simpatia pelo Farroupilha, porque meu pai (Álvaro, falecido há cinco anos) era simpatizante do Farroupilha”, conta.

FUTURO – A próxima atividade de Cirilo será na comissão técnica das categorias de base do Brasil, como auxiliar de Alison Henry. O ex-zagueiro acha cedo para afirmar se seu futuro será o de treinador de futebol. “É cedo ainda. Primeiro quero ver se isso mesmo que eu quero fazer. Mas pretendo continuar no esporte. Pretendo estudar, me preparar para ser técnico, e também me preparar na área de gestão”, completa.

Pelo menos, Cirilo poderá continuar na cidade – lado da família: esposa Cristiane e os três filhos (Jonathan, 13 anos), Diennifer (oito) e Junior (quatro). O mais novo é que pode manter a família Mesquita Martha no futebol (como jogador). “Ele leva jeito”, afirma o pai “aposentado”

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