FICA OU NÃO FICA? : Zimmermann nega renovação
Treinador continua sustentando a necessidade de evolução do clube como prioridade para a temporada de 2015
O técnico Rogério Zimmermann garantiu ontem que não renovou ainda seu contrato com o Brasil. Ele continua sustentando a necessidade de evolução do clube na parte estrutural e financeira para enfrentar os desafios da temporada de 2015.
O Brasil terá um ano cheio de competições importantes: Campeonato Gaúcho (de fevereiro a abril), Copa do Brasil e Brasileiro da Série C (de maio a novembro). Esse calendário é o grande trunfo da direção xavante para manter os principais jogadores no Bento Freitas.
A informação divulgada por radialista André Müller, coordenador de esportes da Rádio Pelotense, que Zimmermann havia renovado contrato produziu a negativa do treinador. “A situação é a mesma de quando falei com vocês aí em Pelotas. Infelizmente, não acertei ainda”, disse o comandante da equipe rubro-negra em entrevista a mesma emissora. Ele esteve reunido com o presidente Ricardo Fonseca na segunda-feira em Porto Alegre.
O treinador destacou que mais importante do que apressar a renovação de contrato e contratar jogadores é ter a garantia de evolução do clube. “Todos os clubes do mundo buscam essa evolução. O Brasil era um em 2012; esteve melhor em 2013; e cresceu mais em 2014. Precisa evoluir em algumas coisas para 2015”, disse. Além da questão de estrutura, como um campo suplementar para treinamentos, a preocupação é com a garantia de que os salários serão pagos em dia na próxima temporada.
Pagar os salários, especialmente a folha de outubro, cujo prazo para pagamento fechou no dia 10 passado, é a meta prioritária de Ricardo Fonseca. O dirigente quer cumprir com esse compromisso até o dia 15 deste mês. Ainda assim ficarão restando 15 dias da folha de novembro. Quanto ao acerto com Zimmermann mais cedo ou mais tarde deve ser confirmado. Para alívio dos xavantes.
Entrevista causa punição a Ricardo Fonseca no STJD
A entrevista bombástica do presidente Ricardo Fonseca ao final do jogo com o Tombense, em Muriaé, dia 16 de novembro, causou mais do que desgaste político interno no clube. Por fazer duras críticas (e até acusações de corrupção) à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e desconfiar da existência de interesses escusos no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), o dirigente foi suspenso por 140 dias e condenado a pagar multa de R$ 10 mil.
Ricardo Fonseca foi julgado nesta segunda-feira pela 1ª Comissão Disciplinar do STJD. Ele foi denunciado no artigo 258 (Assumir qualquer conduta contrária à disciplina ou à ética desportiva), com pena acumulada conforme prevê o artigo 258 D do Código Brasileiro de Justiça Desportiva. O dirigente foi absolvido quanto à imputação do artigo 243 do CBJD. O Brasil apresentou a defesa do presidente por escrito.
Ainda como decisão do tribunal, o “pagamento da multa deve ser comprovado nos autos até sete dias, sob pena da imputação contida no artigo 223 do CBJD (Deixar de cumprir ou retardar o cumprimento de decisão, resolução, transação disciplinar desportiva ou determinação da Justiça Desportiva), o que poderá elevar a multa para até R$ 100 mil. Não houve manifestação do clube se haverá recurso, sustando temporariamente a aplicação da pena.
MOTIVO – Indignado com a suspensão de sete jogadores do Brasil pela confusão ocorrida em Londrina, os quais não puderam participar da partida decisiva da Série D diante do Tombense, em Muriaé, Ricardo Fonseca concedeu entrevista coletiva, ao final do jogo, quando chamou a CBF de corrupta. Também criticou o relator do processo relativo à briga ocorrida no Estádio do Café em Londrina.
O dirigente atacou também ex-diretores e conselheiros do Brasil, com termos fortes, como “trapalhões, sem-vergonhas e incompetentes”, o que gerou desgaste político internamente no clube.
Chicão: segunda perda no elenco
Enquanto o Brasil adia as decisões em relação às renovações de contrato, a chance de perder jogadores importantes se amplia. Um dos elementos de destaque na campanha de acesso para a Série C, embora não fosse titular do time, já é perda concretizada. O Operário, de Ponta Grossa – time que será treinado por Itamar Schulle no Campeonato Paranaense – anunciou a contratação de Chicão.
O meio-campista se tornou uma espécie de 12º titular de Rogério Zimmermann no Brasileiro – desde sua chegada ao clube em setembro. Naturalmente estaria nos planos do treinador para a temporada de 2015. Antes, o Brasil já tinha perdido Zotti. O meia (outro que não se firmou como titular do time, embora tenha feito algumas boas partidas na Série D) foi contratado pelo Treze da Paraíba.
Eduardo Martini é um dos jogadores que revela pressa para que sua situação se resolva. Ele esperava que sua permanência no Brasil fosse definida ainda na semana passada. Outra situação que segue indefinida é a escolha do novo vice de futebol, porque Cláudio Montanelli está deixando o cargo. Esta é mais uma questão que não teve o anúncio oficial. São indefinições que preocupam, pois os concorrentes do Gauchão já estão formando seu grupo de jogadores.