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FILOSOFAR É PRECISO : Oficinas sobre o pensamento ocidental

FILOSOFAR É PRECISO : Oficinas sobre o pensamento ocidental
06 abril
09:24 2016

Inscrições abertas ao projeto “Filosofar é preciso”, que oferecerá oficinas filosóficas no espaço de arte Daniel Bellora

Por Carlos Cogoy

As diferentes fases, autores e conceitos que demarcaram o conhecimento filosófico, através de encontros regulares. Proposta do projeto “Filosofar é preciso”, que é desenvolvido pelo professor João Alberto Tissot há cinco anos. Licenciado em filosofia na UFPel, Tissot iniciou o projeto em Rio Grande. O projeto seria de dois anos mas, em decorrência do interesse dos alunos, estendeu-se até quase três anos. Em 2013, ele começou o curso em Pelotas, e a conclusão ocorreu ano passado. Neste ano, numa parceria com o Espaço de Arte Daniel Bellora – rua 3 de Maio 1.005 -, a ideia foi transformar o curso em oficinas. Assim, a perspectiva é de encontros regulares até novembro. Informações: (53) 3025.5698; 9981.8147. Inscrições: [email protected]

João Albeto Tissot coordena encontros desde 2011

João Albeto Tissot coordena encontros desde 2011

PROJETO – Tissot menciona sobre o “Filosofar é preciso”: “A minha decisão de organizar esse trabalho de forma autônoma e independente, surge justamente da vontade de levar o conhecimento filosófico para todos, sem ficar preso a nenhuma instituição ou modelo, é por isso que decidi não lecionar. Proponho no meu trabalho um filosofar autêntico, ou seja, voltando a origem do pensamento grego como ponto de partida, procurando resgatar o que hoje não está fazendo parte desse filosofar autêntico, mas ao mesmo tempo atualizá-lo não só como linguagem, mas juntamente com o pensamento dos filósofos de hoje. Cada filósofo tem sua importância dentro do seu tempo, e isso precisa sempre ser levado em conta”. Para conhecer mais, o projeto dispõe de “blog”. Acesse: filosofo54.blogspot.com.br

OFICINAS – Em relação às oficinas, o professor avalia: “Sobre as oficinas gostaria de dizer que foi a alternativa que encontrei para tornar os encontros filosóficos mais dinâmicos e menos cansativos, não sei se dará certo, é uma aposta, mas estou confiante. O curso se tornava cansativo não pela forma das abordagens, mas sim pelo período do tempo de duração. Então, as oficinas visam atingir um público não por faixa etária e nem com formação em filosofia, ao contrário, quero atingir pessoas que tenham interesse em superar as barreiras impostas pelo equivocado modo de filosofar ao longo do tempo, principalmente o leigo em filosofia, mas também profissionais liberais ou empresários, ou seja, aquele que quer descobrir o que é isso: Filosofia! Não há restrição de público para participar dos encontros”.

APRENDER – A primeira etapa, com “Introdução ao filosofar” terá oficinas nos dias 13, 20 e 27 de abril, concluindo a 4 de maio. A atividade acontecerá das 16h30min às 18h30min, com intervalo de vinte minutos. “Os temas serão oferecidos visando atender uma proposta que permita desenvolver metodologia adequada e progressiva. Ora, metodologia é caminho, e caminho é percurso, logo proponho seguir um caminho que mantenha os participantes das oficinas no âmbito da filosofia, e nunca fora dela. É por isso que haverá uma sequência dos temas. O processo pedagógico se dá de forma efetiva na medida em que todas as partes envolvidas nele participem de forma efetiva, ou seja, atuando e participando. Por isso, não haverá nenhum material previamente estabelecido. A oficina é um modo efetivo, segundo meu ponto de vista, de permitir que educador e educando, atuem conjuntamente. No entanto, os temas serão abordados seguindo o pensamento dos filósofos que permitam a todos nós conjuntamente filosofar autenticamente. Talvez seja difícil perceber o que subjaz nessa metodologia e dinâmica de sala de aula. Mas a tentativa é envolver e conduzir os participantes na elaboração dos conceitos e conteúdos que serão abordados, e não produzir textos de forma inconsequente e ineficaz”, explica.

PENSAR – Tissot enfatiza a reflexão filosófica: “A filosofia sofre historicamente o descaso das autoridades que tratam da área da educação, pois não a consideram uma disciplina importante ou fundamental, e isso é lastimável, pois não sabemos pensar e por isso permitimos que pensem por nós. As questões que têm sido inseridas nas provas do Enem, talvez sirvam apenas para justificar o que prescreve a lei de 2006 que obriga o retorno da filosofia como disciplina para o ensino médio no Brasil. Há muita desinformação sobre tudo isso”.

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