GARAGEM SOLIDÁRIA : Voluntários revestem chalés com caixas de leite
Por Carlos Cogoy
Uma caixa de leite pode ser a diferença para enfrentar a umidade e o frio do inverno. O material tem seis camadas, sendo quatro de plástico, que bloqueiam a água da chuva, e uma em alumínio, que pode servir como isolante térmico. Além disso, o material veda frestas e evita insetos. Após a limpeza da caixa, ela deve ser recortada nas extremidades, bem como na emenda situada na parte posterior. Aberta, torna-se uma placa que pode ser grampeada para o revestimento de chalés. Para a aplicação é utilizado grampeador de estofador, e os grampos são 106/8. A técnica tem sido oferecida pelo grupo de voluntários “Garagem Solidária”. Em atividade há cinco anos, e desenvolvendo ações como a doação de lanches e roupas, integrantes do grupo nas terças e sábados, revestem casas no Ceval e na localidade “Pântano” – ao fim da rua General Osório. Conforme divugação, nesta terça às 14h30min, voluntários estarão novamente no Pântano. Para o revestimento de uma casa, o mínimo é de seiscentas caixas de leite. E o grupo já beneficiou catorze chalés. A comunidade pode colaborar com a doação de caixas. Contatos podem ser feitos no facebook.com/garagemsolidariapelotas. Informações: 9 9168.8244 (Ju); 9 9142.3935 (Jacque); 9 9166.8278 (Cláudia); 9 9112.3071 (Tati).
SOLIDARIEDADE – Sobre o grupo, integrantes mencionam: “Atualmente contamos com 42 participantes, mas é um grupo que está em ‘movimento’, pois entram e saem integrantes. Quando começamos, éramos cinco mulheres, e o espaço disponível era na casa de uma das participantes. No início, recebíamos doações e selecionávamos roupas, que eram distribuídas em ‘kits’ para famílias cadastradas, e residentes na Estrada do Engenho. Com o tempo, foram chegando novos voluntários, e fomos definindo atividades. Atualmente, dispomos de uma diretora com cinco integrantes, e as atividades são definidas através de reuniões mensais. A exceção é o Lanche do Pronto Socorro, que dispõe de quatro grupos, cada qual com seis a oito integrantes. A cada domingo, um dos grupos providencia e distribui o lanche no PS. Estamos à procura de um espaço para sede, preferencialmente nas imediações da Beneficência, o que agilizará o atedimento aos moradores do Ceval, Mauá e Pântano. O grupo é aberto a todos que tiverem vontade, disponibilidade e comprometimento para ajudar em qualquer uma de nossas atividades. No ‘Garagem Solidária’ não há espaço para individualismo ou competição, já que o objetivo amenizar a fome e o frio”.
LANCHE NO PS – Aos domingos, grupo vai ao Pronto Socorro e oferece café, leite com chocolate, chá, suco, cachorro quente ou recheada. Excetuando Natal ou Ano Novo, o lanche é proporcionado durante todo o ano, e oferecido para acompanhantes de pacientes, guardadores de carro, e moradores de rua que estão frequentemente no local. De acordo com o grupo, são distribuídos 180 recheadas ou cachorros quentes, dez litros de café, cinco litros de leite com chocolate, cinco litros de chá e cinco litros de suco.
AÇÕES realizadas periodicamente: distribuição mensal de roupas nas vilas; distribuição quinzenal de lanche para crianças às quintas, com chocolate ou batida de banana e cachorros quentes; ronda semanal noturna oferece, para moradores de rua, dez litros de café, vinte litros de leite e duzentas recheadas; mediante a chegada de doações de alimentos, o grupo distribui cestas básicas; em datas que antecedem o Natal, Páscoa e Dia da Criança, voluntários levam presentes, doces e lanches às crianças das comunidades; brechó com roupas selecionadas e higienizadas, é realizado a cada quatro meses para angariar recursos.
DESAFIOS – No Natal 2018, o grupo entregou 75 cestas básicas. Anualmente tem aumentado o número de cestas oferecidas. O grupo divulga: “A ideia do grupo Garagem Solidária, é amenizar a situação de vulnerabilidade das pessoas das vilas e moradores de rua. Temos claro que muito ainda tem para ser feito, mas estamos fazendo nossa parte da melhor forma possível.
Não somos ONG nem associação, mas um grupo de pessoas unidas pela vontade de fazer a diferença na vida do próximo, seja com um alimento, uma roupa ou tornando seus lares mais acolhedores. Nosso trabalho ainda é tímido, mas logo que conseguirmos terminar as casas da Ceval, Mauá e Pântano, divulgaremos a abertura de uma lista de espera para outras localidades. No momento o que mais precisamos é uma sede para organizar nosso trabalho, pois está muito difícil a arrecadação de doações, já que temos de deixar com os voluntários”.