Gastos com lixo comprometem as finanças do Sanep
NOVO encontro na Prefeitura deve ocorrer amanhã
Foto: Rafa Marin/Ascom
Em reunião ocorrida ontem à tarde, no Paço Municipal, equipe do Serviço Autônomo de Saneamento de Pelotas (Sanep) apresentou ao prefeito Eduardo Leite e à vice Paula Mascarenhas uma série de planilhas que mostram os altos custos da autarquia com o lixo – na atualidade o Sanep gasta R$ 1.808.122,39 mensais apenas com resíduos – e a necessidade de liberação de mais recursos para investimentos imediatos, a curto e médio prazos. Nova reunião será realizada amanhã.
Diretor-presidente da autarquia, Jacques Reydams explicou que os gastos com resíduos referem-se principalmente às coletas, destinação final, operação do aterro e convênios com seis cooperativas. O valor mencionado – R$ 1,8 milhão – não inclui as despesas com administração direta e indireta. Reydams destacou a necessidade de investimentos imediatos, para a ampliação das coletas conteineirizada e seletiva; a curto prazo, para recuperação do antigo aterro Colina do Sol e construção das centrais de tratamento de resíduos e de recebimento de inertes/entulhos; além de outros investimentos a médio prazo, orçados em aproximadamente R$ 530 mil.
De acordo com o Sanep, a média de produção diária de lixo em Pelotas é de 1,20 kg por habitante; são coletados, diariamente, cerca de 70 caminhões de lixo. Numa segunda-feira considerada normal, são produzidos no Município cerca de 280 toneladas somente de lixo domiciliar. Os custos com o saneamento também aumentaram devido a novas exigências impostas pelo governo federal, como a implantação da coleta seletiva na área urbana.
“O Sanep não pode ser uma máquina estanque. A cidade cresce, o lixo aumenta e a autarquia demanda novos investimentos”, ponderou o prefeito, disposto a dar continuidade ao assunto e buscar uma saída para o impasse.
