Goleadas sofridas e o sabor amargo
Por: Henrique König
No arquivo do Diário da Manhã, o detalhe para os mais de 400 jogos em que Rogério Zimmermann dirigiu o Xavante. Os 4×0 sofridos para Luverdense, em 2017, foram a maior derrota neles. O G.E. Brasil não levava esse exato score desde os 4×0 da Ponte Preta, no findar da temporada 2019. Naquela ocasião, o Brasil de Bolívar se despedia do Campeonato Brasileiro da Série B. O treinador não permaneceu para 2020. O apito final trouxe um mar de incertezas e aquele gosto que só uma goleada é capaz de trazer: um sabor amargo, uma água metálica de bebedouro.
O Xavante foi a Salvador no fim de semana com o intuito de manter seu toco de vela aceso, sonhando com uma missão impossível de permanência na Série B. Se o de Bolívar apenas terminava o ano em 2019, o Brasil 2021 está se despedindo de vez da competição. Precisará retornar da Série C no ano seguinte. O Vitória dominou o jogo inteiro, encurralou o Xavante e foi inapelável na goleada por 4×0, explorando os erros defensivos do time pelotense. O Brasil só havia levado quatro na temporada para o Grêmio, em 3 de março, no placar de 4×1.
O apito final novamente traz incertezas. Quem é a direção do Xavante para 2022? Quem fica e quem sai? O banho no vestiário é longo para esfriar a cabeça após tantas e tantas derrotas. Voltando ao clube, o volante Sousa advertiu sobre: “Eu não vou cravar que permaneço, mas já conversei com a diretoria. Temos de saber também quem vai ficar. A gente sabe que muita gente se afastou do clube e outras pessoas vieram. Temos que saber quem será a diretoria, saber melhor a projeção das coisas, o que também é importante para mim, para os demais atletas e a comissão. Terminando o vínculo com o Mirassol, tenho de olhar certinho”, comentou o cão de guarda, fiel ao clube desde sua chegada em 2018.