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segunda, 23 de dezembro de 2024

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Governador recebe demandas das centrais sindicais para o Salário Mínimo Regional

Governador recebe demandas das centrais sindicais para o Salário Mínimo Regional
23 outubro
17:33 2013
Tarso e Centrais Sindicais 02

Governador Tarso Genro falou esta tarde para representantes das Centrais Sindicais – Foto: Caco Argemi/Palácio Piratini

O governador Tarso Genro recebeu, nesta quarta-feira (23), no Palácio Piratini, representantes de centrais sindicais para audiência sobre reajuste e criação de duas novas faixas no piso regional. Esse foi o terceiro encontro entre governo e representantes das diversas categorias profissionais. O reajuste solicitado pelas centrais para salário mínimo regional é de 16,81%, para vigorar a partir de janeiro de 2014.

“Esta unidade conseguida pelas centrais é uma política inteligente, que dá força para as demandas e que realmente faz o governante prestar mais atenção. Se estivesse aqui apenas uma central, a força política seria menor, com duas centrais, ela vai crescendo, mas quando estão todas, e a classe trabalhadora se mostra unificada em cima de uma demanda, ela tem outro reflexo na sociedade e nas decisões governamentais”, disse o governador.

Tarso disse que é um orgulho para ele, como governante, ver no Palácio Piratini a presença de centenas de trabalhadores reunidos. “A democracia pode ser comparada a uma grande mesa. Antes do presidente Lula, as pessoas tinham bancos de alturas diferentes e alguns não enxergavam o que estava em cima da mesa. Quando Lula começou a receber sindicalistas, moradores de rua, organizações do campo, e todo tipo de representação, as cadeiras começaram a ficar da mesma altura. Quando as pessoas enxergam o que está em cima da mesa elas sabem o que estão disputando”, acrescentou o governador, destacando o início de uma democratização real do país.

“O ambiente de negociação não é igual e, na maioria das negociações, o empresariado tem mais força, por isso precisamos de uma política pública para distribuir renda no país. A negociação neste governo andou muito bem e nós esperamos que continue assim nos últimos anos” disse o supervisor técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) do Rio Grande do Sul, Ricardo Franzoi. Conforme ele, o universo de trabalhadores que dependem do salário mínimo regional é de 1,2 milhão no mercado formal.

O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Claudir Nespolo, disse que boa parte da produtividade da indústria gaúcha está vinculada às políticas que o Governo teve capacidade de discutir e implementar, fortalecendo as cadeias produtivas do Estado, gerando desta forma mais respeito e emprego. “O que questionamos é a distribuição dos ganhos, já que o empresariado ganhou muito com a política de desenvolvimento do governo, o advento da valorização do salário mínimo nacional e a retomada da valorização do piso regional, isto é, nunca se conseguiram tantos postos de trabalho no Brasil”, disse.

“A gente não acha que a valorização do salário seja uma determinante isolada, ela é, sim, uma determinante combinada com iniciativas anteriores da sociedade, por isso nós não temos nenhum problema de colocar na pauta os 16,81%, considerando o avanço que teve inclusive o setor empresarial”, complementou Nespolo, que ressaltou ainda que o atual Governo recupera o padrão de um Estado indutor do desenvolvimento.

As centrais sindicais entregaram ao governador um documento com as seguintes solicitações:

– reajuste total de 16,81% para janeiro de 2014;

– inclusão de novas categorias, ainda não contempladas com a criação de novas faixas;
– alteração de faixas de categorias que apresentem defasagem na atual;

– colocação do piso na Constituição do Estado, estabelecendo critério de reajuste geral, levando-se em conta o crescimento da economia nacional e estadual, mais a inflação;

– incluir na legislação a garantia do piso como vencimento mínimo aos servidores públicos do Estado.

Participaram do encontro, secretários de Estado, e, além da CUT, a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), União Geral de Trabalhadores (UGT), Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), Força Sindical, Dieese e deputados estaduais.

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