GRÊMIO ESPORTIVO BRASIL : Valor de dívida do Brasil não se confirma
Um novo balanço, referente ao fechamento das contas em 2021, estipulou a dívida circulante do Grêmio Esportivo Brasil em mais de R$ 17.204.002. Registrou um aumento de 4 milhões entre o fim de 2020 e o fim de 2021. Entretanto, nem todos os dados estão computados e, com o decorrer de 2022, a expectativa é que os valores sejam maiores do que essa divulgação.
A gestão do presidente Nilton Pinheiro, em 2021, arrecadou mais do que gastou, com um ‘superávit’ de cerca de R$ 70 mil. Porém, o não pagamento de dívidas acumuladas registrou o aumento da dívida total para pelo menos R$ 17 milhões, em função de juros e empréstimos decorridos no período.
A informação extraoficial de que a dívida estaria na casa dos R$ 30 milhões não se confirma. Havia divulgações de perfis feitas ao final de 2021 estipulando esse valor. Mas é importante entender que a auditoria fiscal contratada pelo clube também não conseguiu fechar definitivamente o balanço das contas, dificultando o conhecimento da dívida total do Grêmio Esportivo Brasil.
Entre a dívida estão computados valores de obrigações trabalhistas, acordos extrajudiciais, processos trabalhistas judiciais, demais acordos e processos e encargos sociais a pagar.
“A informação é de que o balanço de 2022 estará mais completo e trará mais esclarecimentos quanto ao tamanho real da dívida. Há um trabalho conjunto interno para apurar todos os débitos e divulgá-los com exatidão no balanço de 2022. Esta é a expectativa de membros da direção”, afirmou o jornalista Renan Santos, do Grupo RBS, debruçado sobre o assunto nos últimos dias.
Dessa maneira, o torcedor pode entender que o GE Brasil passou por um crescimento de sua dívida, provavelmente não tão grande quanto a expectativa de R$ 30 milhões. Mas ainda faltam números a serem computados na dívida real e os valores dessa gestão liderada por Evânio Tavares só devem ser conhecidos em 2023.
A menor arrecadação nas últimas temporadas por conta do rebaixamento da Série B para Série C e agora a luta para manter um calendário nacional complicam a gerência operacional do clube. A auditoria fiscal contratada pelo Xavante aponta riscos futuros para manutenção do clube rubro-negro.
O GE Brasil ainda tenta conhecer o real tamanho de sua dívida para tentar administrá-la.
PERDA DE COTAS: para o torcedor ter ideia, o GE Brasil perdeu a cota de participação na Série B, que era cerca de R$ 8 milhões para 2021, e passou a receber o auxílio de R$ 250 mil na Série C do Brasileiro. Valor este acrescido de mais R$ 400 mil liberados para cada clube em junho. O abismo dos degraus entre as Séries A, B, C e D no futebol brasileiro é enorme. Isso também explica porque tantos clubes do interior brasileiro desistem de jogar a Série D a cada temporada.
É uma situação que deveria ser muito mais cobrada de dirigentes, tanto da CBF quanto das Federações Estaduais.