Hahn de saída : “Foi como perder um ente querido”
Triste, magoado e decepcionado. É desta forma que Márcio Hahn, 38 anos, definiu seu sentimento no dia seguinte ao deixar o Brasil, porque não houve a renovação do contrato com o clube. O jogador disse que estava se preparando para disputar a Série B do Brasileiro e admitiu ter pensado em encerrar a carreira ao saber que não ficaria no Bento Freitas. “Foi como perder um ente querido, porque eu aprendi a amar o clube”, afirmou.
A tristeza e a mágoa de Hahn se devem ao que ele classificou como surpresa. “Depois do Gauchão, tinha voltado a treinar e a 10 dias do início da Série B veio essa surpresa. Eu estava muito focado para disputar a Série B, que é uma competição muito difícil e que já joguei e, quando joguei, fui escolhido o melhor segundo volante da competição”, disse, lembrando a passagem pelo ABC em 2008.
O meio-campista disse que pensou em encerrar a carreira ao receber a notícia na manhã de terça-feira de que estava fora dos planos do Brasil. “Isso me passou pela cabeça sim quando recebi a notícia. Eu estava sendo dispensando não era por deficiência técnica, porque vinha jogando, não muito seguido, mas vinha ajudando o Brasil. Não era por deficiência física, porque tenho um dos melhores índices nos treinos físicos; não era por problema de relacionamento, porque sempre fui um aglutinador; não era uma questão financeira, porque há dois anos estava sem aumento, mantendo um padrão salarial. Então pensei sim em parar. Mas agora quero ir para casa (ele mora em Novo Hamburgo) e decidir junto com minha família. Talvez jogue mais um ano e meio”, completou.
CICLO – Márcio Hahn destacou também os números de sua segunda passagem pelo Brasil. “Foi um ciclo vitorioso, com dois títulos do interior; dois acessos nacionais e mais um estadual, o que é muito difícil”, salientou. “Gostaria de continuar essa história, porque sei de minha importância no grupo, inclusive de liderança. Meu pensamento era encerrar a carreira no Brasil e manter um vínculo com o clube”, finalizou.