HEAVY METAL : Banda pelotense é destaque no exterior
Neste mês, a banda pelotense “South Hammer” está sendo divulgada em revista com circulação na Europa
Por Carlos Cogoy
Som pesado e letras em inglês. Em atividade desde o início do ano passado, a banda pelotense “Sout Hammer” tem se destacado em publicações do País e já chegou ao exterior. Julio de Paula (guitarra), João Ruas (vocalista), João Müller (baixo e backing vocal), Martín Tejera (guitarra), e o baterista Sandro Rosa, mencionam que o grupo está na edição 273 da “Terrorizer Magazine”. Com grande circulação na Europa, a publicação segue as revistas “Whiplash” e “Roadie Criew”, que também divulgaram o grupo pelotense. Embora o “heavy metal” tenha pouco espaço e valorização na cidade, a “South Hammer” não se intimidou e buscou alternativas. Assim, já tocou em festival na Sociedade Hípica em Porto Alegre, e tem músicas integrando coletâneas da “Roadie Metal” volume sete de São Paulo, e da rádio mineira “Cangaço”. O principal caminho para chegar a outras paragens é virtual. Com a divulgação “online”, a banda conquistou admiradores na Malásia, Indonésia e Japão.
REPERTÓRIO – A banda destaca algumas das músicas e temas: “’Cerberus’ é música de caráter mitológico. Conforme a mitologia grega, ‘cerberus’ era o cão de três cabeças. Sua função seria a de vigiar as portas do inferno. Assim, impedindo a fuga de almas condenadas. Em ‘Sphinx’, abordamos sobre o mistério das pirâmides. O enfoque baseia-se em relatos de escavadores, que contribuíram para difundir uma considerada ‘maldição da Esfinge’. Na composição ‘Last Thunder’, falamos sobre nossos conflitos interiores, frustrações, fracassos e esperança. Então, resumindo, trata-se de elaboração sobre tudo que nos afeta, abrangendo tanto o lado afetivo quanto incertezas e rumos profissionais. Com ‘Harley my motorcicle’, letra de aventura, que expressa acerca de motociclista e suas peripécias tripulando uma Harley Davidson. Com ‘Evel Knievel’, abordamos sobre a cultura americana que exalta os saltos de moto. Em especial, a lenda que inspirou o filme ‘Motoqueiro Fantasma’. Na letra de ‘My hot rod’, versos que contam sobre o conflito entre a vida livre, proporcionada pelo veículo ‘Hot Rod’, e o amor de uma mulher que ele perdeu”.
ORIGEM – Sandro Rosa e Julio de Paula estão na banda desde a primeira formação. Eles contam que o grupo foi se reunindo no estúdio Alpha Omega, onde os músicos ensaiavam. Quando surgiu, a “Sout Hammer” tocava um metal melódico. Assim, conforme acrescentam, na linha do Iron Maiden, Helloween e Stratovarius. Com a nova formação, o som passou a ser mais pesado. Então, com base em grupos como Motorhead, Black Sabbath, Judas Priest e Amor Amarth.
Parceria com “Sangue Frio Produções”
Entre as perspectivas para a South Hammer neste ano, regravação de “Harley my motorcicle”, bem como quatro novas músicas. Além disso, a banda está definindo parceria com nova produção.
MUDANÇA – O baterista Sandro Rosa explica: “Estamos formalizando um contrato com uma produtora de bandas. Trata-se da ‘Sangue Frio Produções’, que já agencia algumas bandas nacionais bem famosas no cenário nacional e até mundial. Com isso, pretendemos a organização de shows, com agenda de apresentações no País e também no exterior”. Em relação à “cena” local, Sandro ressalta: “Também estamos abertos a propostas de bares para a participação em eventos. Nosso cachê é sempre proporcional a capacidade de lotação da casa”.
Pouca valorização
O desafio é Pelotas. A terra natal não tem muito espaço ao som pesado. Mesmo assim, a “South Hammer” tocou em eventos como o Satolep Festival ano passado, e promoções no “Observatório bar”. O estilo é segmentado, e não alcança o grande público. A dificuldade de espaço também impede que a banda mostre sua música na cidade. Conforme Sandro Rosa, houve contatos com bares. Mas, diz ele, as mensagens eletrônicas nem foram respondidas.
CENA – Sandro observa: “A cena local é bem complicada, mas na verdade não é diferente para outras bandas em qualquer cidade do Brasil. Estilos mais populares como samba, pagode, sertanejo e Pop Rock já têm suas dificuldades. Então, imaginem para quem faz Heavy Metal. Mas desde a criação da banda, tínhamos em mente tais dificuldades e procuramos alternativas. Daí buscamos destaque na cena ‘underground’ das principais cidades do País e agora Europa”.