Diário da Manhã

Aos sábados, oficinas para crianças e jovens. Houve seis encontros e o grupo reuniu participantes entre nove e quinze anos. Como resultado, a criação coletiva de grafite em muro à rua Dr. Amarante – acesso a Castilho. Na mensagem, a inscrição “Paz e Amor”.

Pioneiro Beethoven Mendonça e Anderson Fim

Os jovens autores assinaram o trabalho, que pode ser apreciado em frente ao prédio da Comunidade Católica Nossa Senhora do Carmo. O projeto contou com os talentos de Beethoven Mendonça – pioneiro na arte do grafite na região -, e Anderson “Fim”. A iniciativa teve o apoio do padre Guilherme Panatiere, comunidade da vila Castilho, Cia. de Dança Afro Daniel Amaro e o Centro de Umbanda Caboclo João das Matas.

IMAGENS – À esquerda do acesso ao salão que, além da igreja, também abriga escola municipal, “Fim” dedicou-se à criação de anjo com a inscrição “Mãe! Cuida de nós”. Sob a imagem uma cena típica da periferia. O grafiteiro, recorrendo a colorido, desenhou aglomeração de casebres. Já à direita da entrada para o espaço da comunidade católica, Beethoven empenhou-se pela criação da imagem de Nossa Senhora do Carmo. A santa acolhe menino de cabelos crespos, numa alusão à infância em locais cuja sobrevivência impõe a superação da limitação de recursos.

ARTE – Ao contrário da “pichação”, cujo efeito é nocivo e danoso, o grafite é manifestação artística cuja origem é a via pública. E a criação visual abre-se a diferentes expressões. Assim, desde a indignação com a injustiça, discriminação e violência, passando por experimentos conceituais, até linguagem capaz de expressar religiosidade e realidade social, como as imagens que podem ser conferidas na Castilho.

Cogoy

Nossa Senhora desenhada pelo talentoso Beethoven