Diário da Manhã

O rapper Guido CNR  será a trilha sonora do Sete ao Entardecer hoje, a partir das 19h no Pátio 1 do Mercado Central. Com mais de 21 anos de carreira, Leandro Fagundes, o Guido, descobriu a paixão pela música através da dança, ainda quando era criança, através de vídeos de Michael Jackson.

O contato com o rap veio logo em seguida, quando conheceu um grupo pelotense chamado Calibre 12, que se tornou referência para o artista no começo de sua trajetória.

O termo rap (em inglês rhythm and poetry) significa ritmo e poesia. Uma definição objetiva para o gênero musical que, em sua essência, traduz em arte o dia a dia da periferia, levando uma carga social em suas letras. De acordo com Guido, é ao mesmo tempo um discurso de denúncia e resistência com o descaso das regiões de vulnerabilidade social, como também é inspiração para os jovens verem a arte como uma alternativa possível em um cenário de violência.

“O rap salva vida, salvou muitas vidas. A gente é referência pra uma molecada. […] A juventude pobre, das periferias, muitas vezes tem como única porta o crime, e a arte faz com que eles desviem desse caminho”, afirma o músico.

Nesta segunda, Guido irá apresentar um repertório com os maiores sucessos ao longo dos 21 anos de carreira, resgatando produções de seu trabalho solo e algumas referências da antiga Banca CNR (grupo de rap pelotense composto por DJ Micha, Clauco e Guido CNR). Para o cantor, o Sete ao Entardecer é uma porta fundamental para os artistas de Pelotas.

“A nossa cidade é rica na arte e conhecida pelo Brasil todo. […] A gente tem um foco de muitos artistas com potencial, e o Sete é um incentivo pra que eles se mantenham na arte”, ressalta o rapper.

A última edição do Sete ao Entardecer em 2018 será no dia 26 de novembro, com show da Escola de Samba Academia do Samba.