HOSPITAL ESPÍRITA : Paula debate alternativas para manutenção dos serviços
Representantes do Hospital Espírita de Pelotas (HEP) se reuniram com a prefeita Paula Mascarenhas e sua equipe para discutir alternativas para a manutenção dos serviços da instituição. O hospital acumula um déficit de cerca de R$ 3 milhões.
O administrador do HEP, Tiago dos Santos Martinato, diz que o Espírita não tem mais como funcionar sem ajuda e poderá precisar reduzir os serviços ou até mesmo fechar. Cento e sessenta dos 199 leitos são contratados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), que são pagos pelos três entes federados. Em fevereiro, foi feito repasse de R$ 486.603, sendo R$ 112.746 do Município; R$ 88.950 do Estado e R$ 284.907 do Governo Federal. O aumento de cerca de R$ 130 mil mensais nas dívidas, incluindo o não pagamento de impostos como INSS e FGTS, está inviabilizando novos empréstimos.
Paula diz ser contra a reforma psiquiátrica por entender a importância dos hospitais psiquiátricos, já que nem todas as necessidades podem ser supridas por Centros de Atenção Psicossocial (Caps). Para ela, a tabela SUS é insuficiente e a situação vivida pelo HEP é resultado da política nacional, que está comprometendo a prestação de serviços dos hospitais psiquiátricos.
A prefeita ponderou algumas alternativas para a instituição, como transformar uma parte em hospital clínico, para aumentar o valor dos repasses, além de fazer contato com o Governo do Estado para o aumento dos recursos e com o Governo Federal para consultar sobre a mudança na política psiquiátrica. \”Quem sofreria com um possível fechamento não é o dono do hospital, mas o paciente que não terá acesso ao atendimento\”, afirmou.
Paula se dispôs a acompanhar os representantes do HEP em reuniões em Porto Alegre e Brasília para articular apoios.