ÍDOLOS XAVANTES : Vida dura longe daqui
Time ajustado taticamente e entrosado faz crescer o rendimento individual dos jogadores. Essa lógica justifica a queda de produção de destaques do Brasil – aqueles que se saíram do Bento Freitas seduzidos por proposta de outros clubes.
Em meio à disputa do Campeonato Brasileiro da Série C, o Brasil perdeu sua dupla titular de atacantes. O goleador da equipe (estava também na liderança da artilharia da competição, com 11 gols) Leandrão foi contratado pelo Vasco no começo de setembro. No mês anterior, Alex Amado deixou o clube para acertar contrato com o Ceará – um compromisso que vai até maio de 2018. Longe da Baixada, os dois não reprisaram o sucesso feito com a camisa rubro-negra.
Leandrão chegou a ser chamado de Leandrowski pela torcida do Vasco
Leandrão começou bem sua trajetória no Vasco, fazendo um lindo gol diante da Ponte Preta – logo na sua segunda partida, dia 9 de setembro. Mas foi seu único gol, embora tenha se mantido titular por 10 partidas. Após derrota no clássico contra o Fluminense por 1 a 0, o centroavante perdeu espaço e foi para o banco de reservas. E não tem sido aproveitado pelo treinador Jorginho nesta luta do Vasco contra o rebaixamento.
Como Leandrão, Alex Amado chegou a um clube pressionado pelo risco de cair. Ele foi titular nos quatro primeiros jogos, mas depois perdeu prestígio com o técnico Marcelo Cabo. Foi para a reserva. Recuperou a titularidade com a chegada de Lisca, que resolveu apostar no atacante. Alex Amado se tornou importante na campanha de recuperação do time, que se salvou da queda para a terceira divisão nacional. Participou de 13 jogos como titular da equipe e entrou no decorrer de outros quatro jogos. Fez apenas um gol – dia 24 de outubro, contra o Boa Esporte.
Alex Amado recuperou a titularidade com chegada de Lisca
OUTROS DOIS – Algo comum entre os três jogadores, que deixaram o Brasil nesta temporada para jogar em divisões superiores à Série C, é que fizeram parte de equipe da zona de rebaixamento em suas respectivas competições. É o caso de Rafael Forster no Goiás. Ele começou o Brasileiro como titular da equipe, mas depois perdeu a posição para Diogo Barbosa. Pelo menos esteve de volta à equipe nas última quatro rodadas.
Forster foi titular em 14 partidas e entrou em campo no decorrer de outros três jogos. Não fez gol – até porque perdeu a condição de batedor de faltas da equipe para o zagueiro-artilheiro Fred.
Forster não se firmou
No ano passado, Luiz Müller deixou o Brasil, depois de ter sido o goleiro menos vazado do Campeonato Gaúcho. Foi contratado pelo Sampaio Correa para a disputa da Série B do Brasileiro. Ao chegar ao Maranhão, o desafio inicial foi desbancar o goleiro Rodrigo Ramos – um dos ídolos do time, que havia subido da Série C. Luiz Müller só teve chance de aparecer na equipe na 11ª rodada. Ele foi titular nos quatro jogos seguintes e levou quatro gols. Depois perdeu a vaga e deixou o clube.
Após disputar o último Gauchão pelo Lajeadense, o goleiro voltou ao Brasil. Um caminho de retorno que alguns dos outros três podem fazer no futuro. Afinal, a vida (dentro de campo) não tem sido fácil para eles longe do Bento Freitas.
