IGREJA DO PORTO : Templo é patrimônio histórico municipal
A missa da noite de quarta-feira na Igreja Sagrado Coração de Jesus, conhecida popularmente como Igreja do Porto, foi rezada com o intuito de expressar gratidão por uma causa específica, alcançada pela comunidade: o tombamento da sede da igreja, localizada na esquina das ruas Gomes Carneiro com Alberto Rosa, e o seu reconhecimento como patrimônio histórico, cultural e artístico de Pelotas. Após a missa a prefeita Paula Mascarenhas realizou a assinatura da Lei nº 6.774, de 30 de dezembro de 2019, que oficializa o tombamento do prédio.
“Os templos religiosos têm uma relação muito forte com o espaço urbano e a cidade. Para quem chega em Pelotas pelo sul, a primeira igreja que se vê é a do Porto, que se destaca na paisagem. Sua arquitetura, e a atuação da igreja na comunidade, são uma referência para a história de Pelotas”, disse a prefeita.
O pároco da Igreja Sagrado Coração de Jesus, Wilson Fernandes, ressaltou que o tombamento a nível municipal foi a primeira conquista, e importante etapa para obter reconhecimento enquanto patrimônio a nível estadual e nacional, com o objetivo de captar recursos para a restauração do prédio, preservando sua arquitetura histórica.
“Se não temos memória, então não temos história, e sem história a gente não consegue fazer a diferença no mundo de hoje. A Igreja do Porto é muito importante, pois é um local de memória afetiva da comunidade, que estamos trabalhando juntos para preservar. Esse será o principal legado da lei assinada hoje”, destacou o padre Wilson Fernandes.
A paróquia Sagrado Coração de Jesus foi fundada em 1912. As primeiras missas ocorriam em uma casa de madeira, até a transferência para a sede atual, cerca de cinco anos depois, em 1917. Junto com a Igreja Nossa Senhora da Luz, localizada no Centro de Pelotas, a Sagrado Coração foi criada para expandir a fé católica na cidade. A partir da década de 1930, a Igreja do Porto começou a promover a Festa de Nossa Senhora dos Navegantes, que movimentava a comunidade do bairro, em procissões pelas ruas e por água, no Canal São Gonçalo. Até hoje a festividade religiosa ocorre, em parceria com a Igreja de Nossa Senhora dos Navegantes, da Colônia Z3.
Participaram da solenidade o secretário de Cultura, Giorgio Ronna, o deputado estadual Henrique Viana (PSDB), o assessor especial, Henrique Pires, e o arcebispo metropolitano, Dom Jacinto Bergmann.