INSEGURANÇA : Comunidade de Escola na praia pede socorro
Violência que ronda o educandário e inércia das autoridades preocupa alunos, pais e professores na Luiz Augusto Assumpção
Insegurança, medo, tensão, preocupação: sentimentos com os quais convive a comunidade escolar da Escola Municipal de Ensino Fundamental Luiz Augusto Assumpção, no Balneário dos Prazeres, no Laranjal. O clima por lá, nos últimos tempos, assusta alunos, familiares, professores e direção do educandário. Mas não parece preocupar as autoridades.
Alguns relatos de mães apontam que na semana passada dois fatos elevaram o nível de preocupação: num, teria havido uma tentativa de estupro a uma aluna, por alunos da própria escola; noutra, um aluno estaria armado no espaço do educandário. A direção nega a informação, sem esconder a preocupação com a violência que prolifera no entorno da escola e assusta por estar bem perto.
“A guarda municipal esteve aqui e nada foi constatado”, diz a vice-diretora, Daniele Dunith. As mães reclamam de não poder entrar com os filhos no espaço da escola. “Somos obrigadas a deixá-los no portão, e voltamos para nossas casas preocupadas, pois sabemos do clima de insegurança que existe no ambiente”, diz a mãe de uma aluna de sete anos.
Quando reconhece que a violência está bem próxima, a vice-diretora garante que já recorreu às autoridades, sem êxito.
“Já pedimos socorro à Secretaria de Educação, prefeitura e até à polícia, mas parece que ninguém quer ouvir o nosso apelo”, diz, observando que a presença da Guarda Municipal inibiria algumas presenças “indesejadas’, que marcam presença nas proximidades, principalmente na praça Aratiba, que fica em frente ao educandário.
Um morador da praia vai além: “A violência aqui no balneário cresce a cada dia, e as autoridades parecem não estar nem aí, à espera que aconteça algo bem grave para depois tomarem uma providência. A escola Luiz Augusto Assumpção é um local que deveria receber mais atenção do poder público para que a comunidade pudesse ficar mais tranquila, haja vista que são nossas crianças que estão ali, a mercê da violência que ronda a escola”, diz o morador que pediu para não ser identificado.
INTERNO – Um dos problemas que assusta pais e direção é a presença no espaço da escola de alunos de turnos inversos, que pulam o muro para entrar ou sair, sem que os gestores possam impedir.
NA ESCOLA estudam atualmente 830 alunos, nos três turnos, da educação infantil ao Ensino de Jovens e Adultos(EJA). A faixa etária varia, entre quatro e 60 anos.